Governador de Nova York diz que "pior já passou" ao ver menor crescimento de mortes por coronavírus

Publicado em 13/04/2020 20:32

(Reuters) - O governador de Nova York, Andrew Cuomo, disse nesta segunda-feira que "o pior já passou" para o Estado norte-americano mais atingido pelo novo coronavírus, já que as hospitalizações parecem estar se estabilizando e as mortes aumentaram em 671, o menor total diário em uma semana.

Cuomo, que vem trabalhando de perto com os governadores de Nova Jersey e Connecticut na reação à pandemia, também indicou que anunciará ainda nesta segunda-feira um plano regional coordenado para reabrir negócios e escolas.

Ele disse em um briefing que outros 671 moradores de Nova York morreram no domingo, menos do que os 758 do dia anterior e o menor total diário desde 5 de abril. Ele ainda indicou a aparente estabilização das hospitalizações como um sinal positivo.

Mas Cuomo temperou sua declaração de que Nova York ultrapassou o estágio mais letal alertando que todos os avanços obtidos através do distanciamento social podem se perder se "fizermos algo idiota" e relaxar as restrições rápido demais.

"Podemos controlar a disseminação. Sintam-se bem com isso", disse Cuomo. "O pior já passou, se continuarmos sendo espertos daqui em diante."

Nova York, o epicentro do surto nos Estados Unidos, já registrou 10.056 mortes da Covid-19, a doença respiratória causada pelo novo coronavírus, ou quase metade do total do país.

Embora não tenha dado detalhes sobre o plano de reabertura, Cuomo já disse que faz sentido trabalhar de perto com os Estados vizinhos de Connecticut e Nova Jersey, dada a interconectividade dos negócios e dos trabalhadores da região.

O governador disse que a reabertura acontecerá em passos incrementais e que acredita que estes passos devem ser informados sobretudo pelos especialistas de saúde pública, e não por políticos.

Ao reativar a economia, Cuomo disse que o foco será "recalibrar o que é essencial" e que inicialmente isso envolverá mais trabalhadores "centrais". Ele ainda disse que mais exames serão necessários para coletar informações sobre quem deve ir ao trabalho.

"Assim se começa a abrir a válvula da atividade econômica, e se gira essa válvula muito devagar. Isso se faz cuidadosamente. Lenta e inteligentemente – mais exames e mais precauções."

Marinheiro de porta-aviões dos EUA atingido por coronavírus morre após contrair doença

Porta-aviões  USS Theodore Roosevelt, fotografado no Mar do Sul da China

  • Porta-aviões USS Theodore Roosevelt, fotografado no Mar do Sul da China 10/04/2018 REUTERS/Karen Lema

WASHINGTON (Reuters) - Um marinheiro da Marinha dos Estados Unidos morreu nesta segunda-feira após contrair o coronavírus abordo do porta-aviões norte-americano Theodore Roosevelt, cujo capitão foi demitido após alertar que sua tripulação morreria desnecessariamente a não ser que medidas contundentes fossem tomadas. 

O marinheiro, primeiro membro das forças militares em atividade dos Estados Unidos a morrer por causa de complicações por conta do coronavírus, foi internado em uma unidade de tratamento intensivo em 9 de abril após ser encontrado inconsciente em seu alojamento. O marinheiro havia testado positivo exatamente duas semanas antes, em 30 de março, informou a Marinha. 

"Eu estou profundamente ciente da dedicação e do comprometimento dos nossos Marinheiros e Fuzileiros Navais no serviço ao nosso país - seja na guerra, na paz, e nesses tempos não-familiares de Covid-19", disse o secretário da Marinha em exercício, James McPherson, em nota, acrescentando que apoiaria suas iniciativas e segurança. 

Até agora, cerca de 12% da tripulação do Theodore Roosevelt, de 4.800 pessoas, testou positivo para a Covid-19, a doença respiratória causada pelo coronavírus - em uma das demonstrações mais visíveis de como a pandemia está afetando as Forças Armadas dos Estados Unidos. 

Um oficial norte-americano, falando em condição de anonimato, disse que quatro outros marinheiros do porta-aviões nuclear foram levados a um hospital para serem monitorados e estavam em condição estável. 

A autoridade afirmou que dos 585 militares da embarcação que haviam sido testados, 428 estavam assintomáticos enquanto o restante havia mostrado sintomas.

Tornados causam destruição no sul dos EUA e matam ao menos 26

Área afetada por tornado em Monroe, Louisiana (EUA)

  • Área afetada por tornado em Monroe, Louisiana (EUA) 12/04/2020 

CHICAGO, Estados Unidos (Reuters) - Equipes de resgate e moradores do sul dos Estados Unidos vasculhavam destroços de centenas de estruturas destruídas por uma série de tornados que matou pelo menos 26 pessoas, enquanto o fenômeno climático se volta para a costa leste do país. 

Quase 51 milhões de pessoas, da Flórida à Nova Inglaterra, estão no caminho da tempestade, como alertou uma previsão do Serviço Nacional do Clima do país, avisando sobre a ocorrência de fortes ventos, chuvas torrenciais e possivelmente mais tornados na tarde desta segunda-feira. 

O sistema já havia gerado cerca de 60 tornados que deixaram um rastro de destruição do Texas até as Carolinas do Sul e do Norte entre domingo e segunda-feira, conforme informou o serviço. 

Ventos poderosos na atmosfera superior, combinados com uma forte frente fria tornam o sistema particularmente perigoso, afirmou o meteorologista do serviço nacional Aaron Tyburski.

"Isso era muito típico na primavera - definitivamente não é nada fora do normal - mas está muito ativo", disse. 

Pelo menos 11 pessoas morreram no Estado do Mississippi, oito na Carolina do Sul, seis na Geórgia e um no Arkansas durante a passagem das tempestades, segundo informaram veículos de imprensa e autoridades locais.

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Fonte:
Reuters

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