Commodities recuam em novo dia de atenção sobre coronavírus e petróleo lidera perdas com mais de 1%
As baixas intensas do petróleo motivadas pelas notícias do coronavírus continuam nesta quarta-feira (26), acompanhando uma série de outras commodities. Tanto na Bolsa de Londres, quanto na de Nova York, as perdas passam de 1% e o WTI segue atuando abaixo dos US$ 50,00 por barril. O Brent, por volta de 9h20 (Brasília), tinha US$ 53,26.
O mercado segue lidando com o desconhecido e a pressão sobre ativos mais arriscados, como as commodities é crescente. Da mesma forma, a quarta-feira também é de baixa para as bolsas de valores mundo a fora. Os índices acionários asiáticos voltaram a cair e o índice europeu registrou sua mínima em quatro meses.
"O mercado acionário americano já perdeu quase 2 trilhões de dólares nos últimos dias, as commodities agrícolas cederam mais um pouco e o preço do petróleo continua caindo. O COVID-19 que se alastrou principalmente na Itália, Coreia do Sul e Irã provocou certo pânico e caos nos mercados", explicou o consultor da Cerealpar e da AgroCulte, Steve Cachia.
Ainda na China, os futuros do aço e do minério de ferro também operam em queda e refletem as preocupações com o surto do coronavírus. Somente na nação asiática são quase 3 mil mortes, mais de 80 mil pessoas infectadas e os casos se proliferam em muitas partes do mundo com rapidez.
Segundo o chefe da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus, a disseminação do vírus é bastante preocupante, no entanto, afirma ainda que não se trata de uma pandemia.
"Usar a palavra pandemia de forma descuidada não traz benefícios tangíveis, mas de fato tem um risco significativo em termos de amplificar medo e estigma desnecessários e injustificados e paralisar sistemas. Isso também pode sinalizar que não podemos mais conter o vírus, o que não é verdade", disse o representante da organização.
Entre as commodities agrícolas, apenas os futuros da soja e do milho ainda sustentam alguma leve alta na Bolsa de Chicago, mas ainda operando bem próximos da estabilidade. Perto de 9h20, a oleaginosa tinha pequenos ganhos de pouco mais de 0,25 ponto, com o maio/20 valendo US$ 8,88 por bushel.
Na contramão, os preços do café e do açúcar perdem mais de 1% na Bolsa de Nova York, enquanto o algodão cede um pouco mais de 0,8%. O trigo, em Chicago, cedia pouco mais de 0,2%.
Na Reuters
Proliferação de coronavírus é "profundamente preocupante", mas não é pandemia, diz chefe da OMS
GENEBRA (Reuters) - O aumento repentino de casos do novo coronavírus na Itália, no Irã e na Coreia do Sul é "profundamente preocupante", mas o vírus ainda pode ser contido e não chega a ser uma pandemia, disse o chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, nesta quarta-feira.
"Usar a palavra pandemia de forma descuidada não traz benefícios tangíveis, mas de fato tem um risco significativo em termos de amplificar medo e estigma desnecessários e injustificados e paralisar sistemas. Isso também pode sinalizar que não podemos mais conter o vírus, o que não é verdade", disse Ghebreyesus a diplomatas de Genebra.
Ele também afirmou que uma missão da OMS no Irã --que deveria inicialmente ir para a República Islâmica na terça-feira-- viajaria no fim de semana.
(Por Stephanie Nebehay)
Aço e minério de ferro recuam na China com aumento de temores sobre pandemia
Por Enrico Dela Cruz
MANILA (Reuters) - Os futuros do aço na China caíram nesta quarta-feira em meio a preocupações de que a rápida disseminação do coronavírus na China leve inevitavelmente a uma pandemia global, enquanto o minério de ferro também caiu após 10 sessões consecutivas de ganhos.
O vergalhão de aço para construção na bolsa de Xangai teve um dia de idas e voltas antes de fechar com perdas de 0,4%, a 3.447 iuanes (491,53 dólares), com expectativas de uma retomada na demanda no segundo trimestre limitando as perdas.
O minério de ferro na bolsa de Dalian caiu 2,8%, interrompendo um rali que durava 10 sessões. Na bolsa de Cingapura, os futuros recuaram 3%.
Os temores que abalaram os mercados devem-se à preocupação de que a crescente crise de saúde, que já tem impactado negócios, possa prejudicar o comércio de aço, o que seria um golpe significativo para a China, que responde por cerca da metade da capacidade global de produção de aço.
Autoridades ao redor do mundo ampliaram medidas para prevenir a disseminação do coronavírus, que já matou mais de 2,7 mil pessoas e infectou cerca de 80 mil, principalmente na China, embora os números de casos e vítimas fora da Ásia também estejam crescendo agora.
"À medida que a possibilidade de um surto nos Estados Unidos gradualmente aumenta, o pânico no mercado se espalha mais", disseram analistas da Huatai Futures em nota.
Por outro lado, ó vice-presidente do conselho da Associação da Indústria de Aço e Ferro da China, Luo Tiejun, disse que a indústria de aço pode se recuperar em breve-- o setor está sob pressão de estoques em alta, uma demanda fraca de comercialização e preços spot em queda.
"Uma vigorosa retomada na demanda do mercado é esperada no segundo trimestre deste ano, dado que as autoridades chinesas já divulgaram uma série de medidas para estabilizar o crescimento econômico", disse ele, segundo o jornal China Daily na terça-feira.
Itália confirma 12ª morte por coronavírus
ROMA (Reuters) - Uma 12ª pessoa morreu no norte da Itália devido ao coronavírus, enquanto o número de casos confirmados aumentou para 374, um aumento de mais de 50 casos em relação ao dia anterior, informou o chefe da agência de Defesa Civil nesta quarta-feira.
Angelo Borrelli disse a jornalistas que o morto tinha 69 anos. Todos os que morreram até agora no surto na Itália, que veio à luz na sexta-feira, eram idosos e a maioria tinha outros problemas de saúde.
(Reportagem de Giselda Vagnoni)
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