Mercados chineses avançam com sinalização de mudança de política de Pequim
Por Andrew Galbraith e Winni Zhou
XANGAI (Reuters) - Os rendimentos dos títulos do governo chinês e os mercados acionários subiram nesta terça-feira depois que Pequim prometeu buscar uma política fiscal mais "vigorosa", já que autoridades intensificaram os esforços para apoiar o crescimento em meio à contração econômica.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 1,6 por cento, enquanto o índice de Xangai também teve alta de 1,6 por cento.
As expectativas de mais afrouxamento das condições monetárias levaram o iuan a uma mínima de 13 meses, e ressaltou uma ampla mudança na direção da política chinesa, à medida que crescem os temores de que uma guerra comercial cada vez mais acirrada possa prejudicar a economia.
O rendimento dos títulos de 10 anos do governo chinês fechou 2,9 pontos básicos mais alto, a 3,562 por cento.
O aumento segue um declínio constante no rendimento dos títulos de 10 anos, impulsionado pela grande demanda. O rendimento caiu mais de 50 pontos básicos desde o final de janeiro, segundo dados da Thomson Reuters.
Na véspera, o Conselho de Estado - o ministério da China - disse que o país adotaria uma política fiscal mais "vigorosa", enquanto em um movimento inesperado, o banco central da China emprestou 502 bilhões de iuanes (74,36 bilhões de dólares) para instituições financeiras por meio de uma linha de médio prazo de um ano, intensificando esforços para apoiar o crédito, uma vez que o crescimento econômico do país desacelerou.
A declaração do Conselho de Estado também indicou planos para acelerar a emissão de 1,4 trilhão de iuanes em títulos especiais de governos locais para garantir investimentos em infra-estrutura, o que significa que o aumento da oferta provavelmente pesará sobre os preços dos títulos.
Como os investidores vendiam títulos, os mercados acionários do país subiram na perspectiva de flexibilização das políticas.
No restante da região, os mercados também subiram com os avanços das ações chinesas. O índice MSCI, que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão, tinha alta de 0,6 por cento.
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