Presidente regional diz que Fed deve elevar juros com desaparecimento dos fatores de desaceleração da inflação
SYRACUSE, EUA (Reuters) - O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, caminha para aumentar gradualmente as taxas de juros, dado que os fatores da desaceleração da inflação estão "desaparecendo" e os fundamentos da economia do país estão sólidos, disse nesta segunda-feira o presidente do Fed de Nova York, William Dudley.
Dudley, que está entre os primeiros do Fed a falar publicamente desde a decisão na semana passada de manter os juros, citou o dólar fraco e o crescimento forte no exterior entre as razões pelas quais ele espera uma atividade econômica ligeiramente acima da média do país e um aumento dos salários.
"Com uma tendência de preços de importação mais firme e o desaparecimento dos efeitos de uma série de fatores temporários e idiossincráticos, espero que a inflação avance e se estabilize em torno da meta de 2 por cento do Fed no médio prazo", disse ele a estudantes e professores na Onondaga Community College.
"Em resposta, o Federal Reserve provavelmente continuará a remover a política monetária expansionista gradualmente", acrescentou Dudley, um aliado próximo da chair do Fed, Janet Yellen, e um votante permanente sobre a política monetária.
Os comentários de Dudley foram semelhantes aos de seu discurso no início deste mês e reforçaram a crescente expectativa de que o Fed deve aumentar os juros pela terceira vez neste ano em dezembro.
Essa noção foi apoiada pelas previsões do Fed publicadas na semana passada, quando o banco central dos EUA manteve os juros, mas anunciou o início de um longo processo de redução da carteira de títulos que acumulou para impulsionar a economia.
Mesmo assim, outros no Fed estão menos ansiosos para apertar a política monetária em face das leituras de inflação que têm caído desde fevereiro, apesar do forte crescimento do emprego. Os operadores futuros precificam em torno 55 por cento a chance de alta dos juros em dezembro, de acordo com dados da Reuters.
Dudley lembrou dos três furacões devastadores que atingiram partes do sul dos EUA e do Caribe, observando que seus efeitos devem dificultar a interpretação dos dados econômicos nos próximos meses. Ele disse, no entanto, que os efeitos provavelmente serão de curta duração e observou que tais eventos tendem a impulsionar a atividade econômica à medida que a reconstrução tem início.
(Por Jonathan Spicer)
0 comentário
Dólar sobe para perto dos R$6,20 em dia sem leilões do Banco Central
Taxas longas sobem e curtas caem com mercado de olho em dados de inflação e emprego
Brasil terá bandeira tarifária verde em janeiro, sem cobrança extra na conta de luz
Ações europeias encerram semana em alta com impulso de setores financeiro e de saúde
Wall St cai na abertura ao fim de semana mais curta por feriado
Ibovespa recua pressionado por Vale; Brava dispara cerca de 7%