Minerva fecha frigorifico no MT e demite 701 funcionários
A Minerva Foods anunciou o fechamento de sua planta de Mirassol D“Oeste (288 quilômetros de Cuiabá, na região Sudoeste) nesta segunda-feira (06). O encerramento das atividades está relacionado a uma readequação das operações da companhia no Brasil. O fim do município levou ao desligamento de 701 funcionários. Com o fechamento da planta sobe para 19 o número de frigoríficos paralisados em Mato Grosso e aproximadamente cinco mil demissões.
Em comunicado enviado para a imprensa a Minerva Foods salientou que "estão garantidos todos os direitos trabalhistas dos funcionários da planta que forem desligados e que não deixará nenhuma pendência financeira com os colaboradores, com o Estado de Mato Grosso e com a cidade de Mirassol D´Oeste".
Com o fechamento da planta da Minerva Foods, em Mirassol D’Oeste, sobe para 19 plantas frigoríficas com atividades encerradas nos últimos dois anos. Nos últimos cinco meses, com isso, chegam a seis plantas: duas em Rondonópolis, uma em Cuiabá, uma em Sinop, uma em São José dos Quatro Marcos e agora uma em Mirassol D’Oeste.
Em Mato Grosso existem 43 frigoríficos, de acordo com o Sindicato das Indústrias de Frigoríficos do Estado de Mato Grosso (Sindifrigo-MT), sendo 19 paralisadas. (Fonte: Olhar Direto).
36,8 mil metalúrgicos estão com suspensão temporária de contrato de trabalho
SÃO PAULO - Funcionários de montadoras de automóveis da região do ABC Paulista estão apreensivos diante das últimas demissões e suspensões de contrato de trabalho, no chamado sistema de lay-off. Segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), divulgados nesta segunda-feira, 36,9 mil empregados do setor estão em suspensão temporária do contrato de trabalho em todo o país.
Na Mercedes-Benz, trabalhadores ficaram acampados em frente à fábrica da companhia, em São Bernardo do Campo, por 26 dias, em protesto contra 300 demissões. Na última quinta-feira, rejeitaram a proposta da Mercedez de reduzir em 20% a carga horária, diminuindo em 10% os salários, por um período de um ano. A proposta, votada em urnas, garantiria a estabilidade no emprego por um ano e o retorno de parte dos trabalhadores demitidos.
Em comunicado, a Mercedes-Benz informou que a proposta era necessária diante da forte queda de vendas de veículos comerciais no mercado brasileiro. Diante da rejeição, a montadora “terá de buscar outras alternativas frente a um excedente de 2 mil pessoas na fábrica”.
O soldador Danilo Gritti, de 29 anos, foi um dos demitido. Ele trabalhou na Mercedez por 14 anos, e era favorável à proposta.
Danilo, agora, tem dúvidas sobre o que fará no futuro.
— Sou professor de sociologia, por formação, mas os professores estão numa situação pior que os metalúrgicos. Fica difícil uma realocação. De primeiro momento, estou pensando em alguns bicos —, lamentou.
O diretor de organização do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC José Roberto Nogueira da Silva defende uma negociação.
— Os trabalhadores entenderam que não era o momento de aceitar essa proposta, mas o sindicato está pronto para negociar qualquer contrapartida que venha resolver o problema. É muito difícil fazer esse debate no chão de fábrica, os trabalhadores estão cansados. A empresa tem que fazer um movimento que atenda às necessidades dela, mas que atenda também a dos trabalhadores. Não pode ser uma via de mão única.
Na Volkswagen, também em São Bernardo, 2.357 trabalhadores da Fábrica Anchieta tiveram nesta segunda-feira seus contratos suspensos por cinco meses. Segundo o sindicato, os funcionários têm um acordo com a empresa que impede demissões até 2019.
Pela esquema de lay-off, os trabalhadores recebem os salários de forma integral, metade pagos pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e a outra metade pela própria empresa. Além desse sistema, de acordo com o sindicato, a Volkswagen encerrou o terceiro turno, que permitia que a fábrica funcionasse no período noturno. Os cerca de 1,8 mil empregados que trabalhavam à noite foram realocados para outros horários.
De acordo com o sindicato, no ano passado, a fábrica produzia 1,4 mil veículos por dia, número que caiu para 800 este ano. A Fábrica Anchieta emprega 11 mil pessoas, sendo 8 mil apenas na produção.
Segundo José Roberto, uma solução esperada pelas centrais sindicais é que o governo federal aprove o Programa de Proteção ao Emprego (PPE).
— É uma ferramenta de flexibilidade que não suspende o contrato de trabalho e pode reduzir a jornada de trabalho —, explica.
O programa seria válido para todos os setores da economia, não apenas montadoras. A Agência Brasil entrou em contato com a assessoria de imprensa da Volkswagen, que informou que não comentará o assunto.
(Ag. Brasil e O Globo)
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