Economia da China terá retomada no 2º semestre, dizem economistas do BC
PEQUIM (Reuters) - Economistas do banco central da China reduziram com força sua estimativa para a inflação em 2015, ao mesmo tempo que projetaram uma retomada na segunda maior economia do mundo no decorrer dos próximos seis meses graças a preços de moradias mais estáveis e demanda externa mais firme.
Em relatório divulgado no site do banco central, os economistas projetaram inflação anual de apenas 1,4 por cento neste ano, ante a estimativa anterior de 2,2 por cento.
O relatório especifica que as estimativas representam as visões pessoais dos economistas, e não aquelas do banco central da China. Os economistas se mostraram cautelosamente otimistas, apesar de revisões para baixo em outras projeções que refletiram fatores desfavoráveis enfrentados pela economia.
O mercado imobiliário da China está "começando a se estabilizar" e a economia mundial deve mostrar mais sinais de recuperação nos próximos meses, disseram os economistas liderados pelo economista-chefe do banco central, Ma Jun.
Condições mais frouxas de política monetária, como resultado dos três cortes nas taxas de juros feitos pela China desde novembro, também devem ajudar a sustentar o crescimento nos próximos meses, disseram os economistas.
"Temos motivos para esperar alguma recuperação modesta no crescimento sequencial na segunda metade deste ano", afirmaram.
O relatório mostrou que os economistas reduziram a previsão para o crescimento da economia do país em 2015 para 7,0 por cento, ante 7,1 por cento, citando elevada pressão sobre a atividade.
(Reportagem de Koh Gui Qing)
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