Ações na bolsa dos EUA fecham em alta com otimismo sobre acordo na Grécia
NOVA YORK (Reuters) - As ações nos Estados Unidos fecharam em alta nesta terça-feira, com o S&P 500 atingindo recorde de fechamento de 2.100 pontos, enquanto cresceu o otimismo de que a Grécia alcançaria um acordo com seus credores e preços de títulos foram liquidados.
O índice Dow Jones subiu 0,15 por cento, a 18.047 pontos, enquanto o S&P 500 teve ganho de 0,16 por cento, a 2.100 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq subiu 0,11 por cento, a 4.899 pontos.
Paciência da UE se esvai enquanto premiê grego rejeita "chantagem"
ATENAS/BRUXELAS (Reuters) - Uma guerra de palavras entre a Grécia e a Alemanha, principal economia do euro, agravou-se nesta terça-feira com a recusa do novo primeiro-ministro grego em aceitar o que chamou de uma "chantagem" para que estenda os termos de um resgate internacional e a promessa feita por ele de apressar a reversão de reformas trabalhistas.
Os mercados financeiros ficaram em alerta após as últimas negociações entre ministros das Finanças europeus terem acabado mal na segunda à noite e os parceiros da UE deram até o final da semana para a Grécia pedir por uma extensão para não perder a ajuda financeira.
Muitos investidores creem que qualquer que seja a retórica utilizada, ambos os lados vão conseguir encontrar um acordo antes da expiração das linhas de crédito de Atenas, dentro de dez dias. Caso falhem, a Grécia pode rapidamente ficar sem recursos e ser obrigada a adotar moeda própria.
No entanto, o Banco Central Europeu não está em vias de cortar financiamentos emergenciais a bancos da Grécia nesta semana, disse uma fonte familiar com a situação.
Ambos os lados continuam a insistir que a Grécia continue na zona do euro.
O primeiro-ministro grego, Alexia Tsipras, disse aos legisladores de seu partido Syriza que o governo - eleito com a promessa de revogar o resgate, reverter as odiadas medidas de austeridade e encerrar a colaboração com credores da "Troika" formada pela UE, FMI e BCE - não iria se comprometer.
A Grécia não seria tratada como uma colônia de menor importância na Europa, disse Tsipras. Ele acusou "certos círculos" na zona do euro de buscarem prejudicar seu governo e o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeauble de perder o temperamento ao fazer comentários degradantes sobre a Grécia.
Schauble, de 72 anos, desferiu em casa uma mensagem de tudo ou nada, ponderando sarcasticamente se o ministro das Finanças grego sabia o que queria ou fazia as melhores escolhas para o povo grego.
"A questão continua a ser se a Grécia precisa de um programa ou não", disse ele a repórteres após mais um dia de reuniões em Bruxelas.
"Todos nós ... queremos a zona do euro unida", acrescentou ele.
"Mas todos devem fazer a sua parte e é uma decisão que cabe a Atenas somente... Em 28 de fevereiro, à meia-noite, está terminado".
Grécia nomeia ex-ministro conservador para presidente
ATENAS (Reuters) - O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, nomeou nesta terça-feira um conservador ex-parlamentar e ex-ministro do Interior para ser o próximo presidente do país.
Tsipras disse aos legisladores de seu partido de esquerda radical Syriza ter escolhido Prokopis Pavlopoulos, que já integrou o gabinete de um governo conservador do partido Nova Democracia entre 2004 e 2009, porque deseja um candidato de unidade, que seja aceitável para todos os lados envolvidos na política grega.
É quase certo que Pavlopulos, de 64 anos, consiga assegurar sua eleição pelo parlamento, em um processo que tem início na quarta-feira, devido ao seu amplo apelo. Ele tem o apoio da Syriza e de seu parceiro de coalizão, o partido de direita Gregos Independentes. O Nova Democracia, agora o principal partido de oposição, também disse que votaria nele.
Esse cenário contrasta com a última eleição presidencial no fim do ano passado, quando o candidato nomeado pelo ex-primeiro-ministro da Nova Democracia Antonis Samaras não conseguiu apoio para eleger seu escolhido. Ao mesmo tempo em que o cargo de presidente é sobretudo cerimonial na Grécia, isso forçou a realização de uma nova eleição parlamentar em 25 de janeiro, quando o Syriza assumiu o poder.
Pavlopoulos foi professor de direito e como parlamentar da Nova Democracia criticou partes do acordo de resgate à Grécia. No entanto, ele também possui um passagem controversa no cargo ministro do Interior, quando policiais mataram a tiros o adolescente Alexandros Grigoropoulos em 2008, causando protestos, alguns dos quais violentos.
Se eleito, ele vai substituir Karolos Papoulias, de 85 anos, cujo mandato de cinco anos termina no próximo mês.
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