Na BBC: Como a queda do petróleo afeta os negócios Brasil-Venezuela?
A Venezuela é o país latino-americano que mais deve sofrer se os preços do petróleo se estabilizarem no atual patamar, bem mais baixo que há alguns meses. E não é difícil entender por quê.
O produto representa cerca de 95% das receitas de exportação do país e mais de 40% do orçamento do governo.
A recente queda do barril venezuelano - da casa dos US$ 100 para menos de US$ 50 - na prática significa um corte radical nas divisas para financiar importações, gastos sociais e demais despesas do governo.
Além disso, a queda ocorre em um momento difícil para a economia do país.
A inflação venezuelana é hoje quase dez vezes maior que a brasileira, e a escassez de produtos básicos (resultado da queda na produção interna e restrições à importação) transforma uma simples compra de fralda ou leite em uma peregrinação por mercados.
Já há quem aposte até em um default venezuelano. A agência Fitch, por exemplo, recentemente rebaixou a classificação de crédito do país para CCC, que indica risco de moratória.
"A Venezuela está à beira de uma insolvência cambial - com a queda da receita das suas exportações -, e uma moratória poderia ocorrer nos próximos meses", diz o professor Carlos Eduardo Carvalho, especialista em economia da América Latina da PUC-SP.
E o que a queda do petróleo – e esse aprofundamento da crise venezuelana - poderia significar para o Brasil e para os negócios entre os dois países?
Reflexos
Há certo consenso entre economistas e especialistas consultados pela BBC de que o Brasil deve ser afetado por uma deterioração do cenário político e econômico venezuelano.
Primeiro, em função do peso da relação econômica e do comercial bilateral. Hoje, a Venezuela é responsável pelo terceiro maior superávit bilateral da balança comercial brasileira, atrás apenas da China e da Holanda (porta de entrada de toda a Europa).
Não fosse esse saldo no comércio com o país, o déficit registrado na balança comercial brasileira seria quase o dobro do que foi no ano passado, de US$ 3,93 bilhões.
Leia a notícia na íntegra no site da BBC Brasil.
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