Preço do milho sobe na B3 nesta 4ªfeira e analista já enxerga patamares de R$ 80,00
A quarta-feira (05) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações positivas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre
A análise da Agrinvest destaca que essa foi mais uma sessão de alta para os futuros na B3 e o contrato março/25 operando em seus maiores níveis em onze pregões.
“As chuvas retornaram sobre a faixa central e norte do Brasil. A colheita da soja desacelerou, assim como o plantio do milho safrinha. Uma janela de plantio fora do ideal pode aumentar os riscos agroclimáticos e resultar em perda na produtividade”, apontam os analistas da consultoria.
Na avaliação do Analista de Mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, as posições de milho na B3 têm fôlego para seguir avançando e bater o patamar de R$ 80,00 diante de fundamentos bons para o cereal, com safra menor sendo colhida e demanda muito forte para mercado interno e exportação.
“Vai haver disputa pelo milho entre os setores de proteína animal, etanol de milho e exportação ao longo de 2025”, diz Brandalizze.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira
O vencimento março/25 foi cotado à R$ 77,91 com valorização de 1,6%, o maio/25 valeu R$ 77,26 com elevação de 0,82%, o julho/25 foi negociado por R$ 72,25 com ganho de 0,53% e o setembro/25 teve valor de R$ 71,80 com alta de 0,28%.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve movimentações positivas neste meio de semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização somente em Castro/PR. Já as valorizações apareceram em Sorriso/MT, Dourados/MS, Itapetininga/SP, Campinas/SP e Porto de Santos/SP.
Mercado Externo
Já para os preços internacionais do milho futuro, a quarta-feira registrou movimentações negativas neste pregão de quarta-feira.
As cotações do milho em Chicago acompanharam os preços da soja, óleo e farelo em queda nesta quarta-feira, sentido a pressão das chuvas que foram registradas nesta noite em regiões produtoras da Argentina.
Os analistas da Agrinvest acrescentam ainda que o adiamento das tarifas para exportações entre Estados Unidos, México e Canadá e as incertezas sobre a real entrada em vigor das chinesas, também pressionou os preços neste pregão.
Por outro lado, as perdas foram limitadas por uma grande venda de milho dos Estados Unidos para o México reportada pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Apesar dessa queda de hoje, Vlamir Brandalizze, destaca que a CBOT está conseguindo se manter no patamar de US$ 5,00 e buscando nova resistência em US$ 5,20, diante de um “ambiente muito favorável para o milho com um déficit mundial muito grande”.
O vencimento março/25 foi cotado à US$ 4,93 com queda de 1,25 pontos, o maio/25 valeu US$ 5,04 com estabilidade, o julho/25 foi negociado por US$ 5,07 com alta de 0,75 pontos e o setembro/25 teve valor de US$ 4,70 com ganho de 0,75 pontos.
Esses índices representaram perda, com relação ao fechamento da última terça-feira (04), de 0,25% para o março/25, além de alta de 0,15% para o julho e de 0,16% para o setembro/25.
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