Milho fecha 2ªfeira recuando na B3 após ritmo de negócios cair na semana passada
A segunda-feira (16) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 63,10 e R$ 71,49 ao recuarem até 1,2%.
O vencimento setembro/24 foi cotado à R$ 63,10 com desvalorização de 1,25 pontos, o novembro/24 valeu R$ 67,46 com perda de 0,50 pontos, o janeiro/25 foi negociado por R$ 70,35 com baixa de 0,31% e o março/25 teve valor de R$ 71,49 com queda de 0,24%.
De acordo com a análise da Agrinvest, os futuros do milho da B3 seguiram a tendência de Chicago e também trabalharam em queda neste início de semana.
“Na última semana houve uma redução no ritmo de negócios, tanto no mercado interno quanto no de exportação. No acumulado da semana passada, o farmer selling de milho foi estimado em 950 mil toneladas, contra 1,7 milhão da semana anterior. O produtor continua buscando preços acima das indicações dos compradores, provocando um descolamento entre bid e offer”, explicam os analistas da consultoria.
Nesta segunda-feira (16), a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) informou que o volume embarcado de milho não moído (exceto milho doce) até aqui em setembro alcançou 3.075.981,1 toneladas. O volume representa 35,16% do total exportado no mês de setembro do ano passado, que ficou em 8.746.381,3 toneladas.
A média diária de embarques nestes primeiros 10 dias de setembro/24 ficou em 307.598,1 toneladas, representando queda de 29,7% com relação a média diária embarcadas de setembro do ano anterior, em ficou em 437.319,1 toneladas.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou altas e baixas neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorizações em Sorriso/MT, Itapetininga/SP e Porto de Santos/SP, enquanto as valorizações apareceram em Campinas/SP e Rio do Sul/SC.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
https://www.noticiasagricolas.com.br/cotacoes/milho
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que os preços do milho estão em alta há quatro semanas, conforme aponta levantamento do Cepea.
“O impulso vem sobretudo da retração de vendedores tanto dos negócios no spot como para entrega futura. Esses agentes seguem atentos ao clima quente e seco e às aquecidas demandas interna e externa”, dizem os pesquisadores deste Centro.
Na região de Campinas (SP), base do Indicador ESALQ/BM&FBovespa, a saca de 60 kg do milho fechou a última quinta-feira, 12, a R$ 63,50, o maior patamar nominal desde janeiro deste ano. No acumulado de setembro (até o dia 12), o aumento é de 4,8%.
“Nem mesmo as estimativas da Conab e do USDA apontando produções elevadas no Brasil e no mundo foram suficientes para conter as altas internas. Produtores, inclusive, esperam novas valorizações, fundamentados nos impactos do clima sobre as lavouras da safra verão e nos possíveis atrasos da semeadura da segunda safra 2024/25, ainda conforme pesquisadores do Cepea”, aponta a nota.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro também finalizaram as movimentações desta segunda-feira contabilizando movimentações negativas na Bolsa de Chicago (CBOT).
O vencimento dezembro/24 foi cotado à US$ 4,10 com desvalorização de 2,50 pontos, o março/25 valeu US$ 4,29 com baixa de 1,75 pontos, o maio/25 foi negociado por US$ 4,40 com queda de 1,25 pontos e o julho/25 teve valor de US$ 4,46 com perda de 1,25 pontos.
Esses índices representaram recuos, com relação ao fechamento da última sexta-feira (13), de 0,60% para o dezembro/24, de 0,41% para o março/25, de 0,28% para o maio/25 e de 0,25% para o julho/25.
Segundo informações da Agrinvest, o milho recuou em Chicago nesta segunda-feira na carona do trigo, que teve forte queda na CBOT.
“A queda nos preços dos cereais é resultado do alívio nas preocupações com a oferta de grãos no Mar Negro. Apesar do bombardeio de um navio ucraniano na última semana, as operações portuárias na Ucrânia seguem normalmente. Além disso, os custos de frete e seguro marítimo não aumentaram, eliminando o prêmio de risco sobre os preços do trigo”, relata a consultoria.
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