Milho tem 5ª feira de pressão em Chicago, mas fôlego para os futuros na B3
O mercado do milho na B3 sobe levemente no pregão desta quinta-feira (22), com altas que variavam de 0,1% a 0,3%, por volta de 11h50 (horário de Brasília), depois de algumas sessões de pressão nos últimos dias. Assim, o setembro tinha R$ 60,39 e o janeiro, R$ 66,13 por saca. Parte do suporte para os futuros do cereal vinha do dólar, que subia mais de 1% para superar, novamente, os R$ 5,50.
Os preços do cereal seguem refletindo a liquidez mais contida no mercado nacional, com os vendedores, de um lado, evitando novos negócios frente aos patamares baixos, ao passo em que os compradores também estão menos presentes no mercado agora, uma vez que acreditam que a pressão pode continuar e as oportunidades ficarem ainda mais atrativas de suas perspectivas.
Além disso, a colheita da segunda safra de milho continua e também exerce pressão sobre as cotações no cenário brasileiro neste momento.
"O mercado está lateralizado há dias", explica o diretor da Germinar Corretora, Roberto Carlos Rafael. "Hoje, com mais de 1% de alta no dólar, o produtor volta a segurar seus negócios".
BOLSA DE CHICAGO
Na B3, mercado na contramão e preços com leves baixas. Perto de 11h55 (horário de Brasília), as cotações recuavam de 3 a 4,50 pontos entre os contratos mais negociados, com o setembro cotado a US$ 3,72, o dezembro com US$ 3,94 e o março, US$ 4,12 por bushel.
Os traders monitoram fundamentos dos quais já têm conhecimento, porém, atentos ainda a alguns novos dados, como as vendas semanais para exportação que foram reportadas nesta quinta-feira pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O volume da safra nova superou 1,2 milhões de toneladas, acima das expectativas do mercado de 500 mil a 1,025 milhão.
Além disso, o USDA trouxe ainda novos anúncios de vendas de milho e também de soja e farelo nesta quinta, o que é mais uma contribuição para o suporte dos futuros do cereal.
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De outro lado, os números do Pro Farmer Crop Tour trazendo boas estimativas pesam sobre as cotações, limitando um movimento de avanço na CBOT. Ao lado deste fator, há ainda a queda forte no mercado do trigo nesta quinta-feira, que reflete também uma preocupação com a paralisação das duas principais ferrovias no Canadá, que podem prejudicar não só os embarques canadenses de grãos, mas também os norte-americanos, segundo informou a Agrinvest Commodities.
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