Chicago e colheita pesam na B3, que fecha 3ªfeira com milho em baixa
A terça-feira (30) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 60,03 e R$ 69,86.
O vencimento setembro/24 foi cotado à R$ 60,03 com desvalorização de 1,70%, o novembro/24 valeu R$ 64,03 com perda de 1,57%, o janeiro/25 foi negociado por R$ 67,59 com baixa de 1,03% e o março/25 teve valor de R$ 69,86 com queda de 0,48%.
O Analista de Mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, destaca que as cotações do milho na B3 tiveram flutuações negativas, mas ainda ficaram próximas da faixa entre R$ 60,00 e R$ 70,00.
“Isso é reflexo de Chicago, porque um dos formadores da B3 é Chicago, que segue pressionado com o índice de lavouras boas nos Estados Unidos”, aponta Brandalizze, que também cita a colheita da segunda safra brasileira e a entrega de volumes no mercado com fatores de pressão neste momento.
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No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também teve recuos neste segundo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorizações nas praças de Pato Branco/PR, Sorriso/MT, Jataí/GO, Rio Verde/GO, São Gabriel do Oeste/MS e Machado/MG.
Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira
De acordo com a análise da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho teve uma terça-feira de negociações morosas. “Após um período de bastante movimentação nos portos, os preços voltam a encontrar estabilidade e, com isso, retraem os agentes da comercialização”.
Para o consultor de Safras & Mercado, Paulo Molinari, as tradings derrubaram prêmios nos portos em um ajuste forte de preços, e isso acabou travando os negócios internos.
Mercado Externo
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços internacionais do milho futuro também finalizaram a terça-feira com movimentações negativas.
O vencimento setembro/24 foi cotado à US$ 3,88 com desvalorização de 7,50 pontos, o dezembro/24 valeu US$ 4,05 com baixa de 7,25 pontos, o março/25 foi negociado por US$ 4,20 com queda de 6,75 pontos e o maio/25 teve valor de US$ 4,31 com perda de 6,25 pontos.
Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última terça-feira (29), de 1,89% para o setembro/24, de 1,76% para o dezembro/24, de 1,58% para o março/25 e de 1,43% para o maio/25.
“Os futuros de grãos ficaram sob pressão renovada das fortes perspectivas de safra dos Estados Unidos após o relatório do USDA da tarde de segunda-feira, que não continha nada para corroer essas perspectivas”, disse o Brock Report, conforme noticiado pelo site internacional Successful Farming.
“Previsões climáticas favoráveis no Centro-Oeste, um dólar forte e a fraqueza do mercado de petróleo bruto também ajudaram a pressionar os futuros de milho e soja. Os futuros de trigo caíram ainda mais, apesar de uma classificação de safra de trigo de primavera menor do que o esperado”, acrescentou a publicação.
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