Dólar segura, mas B3 acaba seguindo Chicago e milho recua nesta 2ªfeira
A segunda-feira (07) chega ao final com os preços futuros do milho registrando movimentações próximas da estabilidade na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 55,15 e R$ 66,00.
O vencimento setembro/23 foi cotado à R$ 55,15 com ganho de 0,53%, o novembro/23 valeu R$ 58,80 com elevação de 0,09%, o janeiro/24 foi negociado por R$ 62,20 com queda de 0,32% e o março/24 teve valor de R$ 66,00 com baixa de 0,44%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, as movimentações baixistas da B3 seguiram a lógica vinda de Chicago, que teve um dia de liquidação após chuvas registradas nos Estados Unidos neste último final de semana.
Já nos portos brasileiros, o dólar atua para compensar. “Em reais o milho luta para se sustentar. Estão caindo as posições na B3 vinculado à Chicago, mas os portos e o mercado doméstico estçao quase estáveis mais atrelado ao dólar em alta”, pontua Brandalizze.
Na primeira semana de agosto, o Brasil registrou embarque de 1.318.771,1 toneladas de milho não moído (exceto milho doce), de acordo com o novo reporte da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Isso representa 17,7% do total exportado em agosto de 2022 (7.446.091,3 toneladas).
Com isso, a média diária de embarques ficou em 329.692,8 toneladas, o que na comparação ao mesmo período do ano passado, representa elevação de 1,8% com relação as 323.743,1 do oitavo mês de 2022.
Segundo o Analista de Mercado da Céleres Consultoria, Enílson Nogueira, houve um delay natural nos volumes exportados decorrente do atraso de colheita da segunda safra, mas a expectativa segue sendo de exportação entre 51 e 52 milhões de toneladas no período entre março/23 e fevereiro/24.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também teve altos e baixos neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorizações nas praças de Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, Oeste da Bahia e Campinas/SP. As desvalorizações apareceram em Castro/PR, Sorriso/MT, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Porto Paranaguá/PR e Porto Santos/SP.
Confira como ficara todas as cotações nesta segunda-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “a maior disponibilidade do cereal no mercado interno juntamente com as recentes desvalorizações internacionais da commodity fizeram com que a saca de milho voltasse a ser negociada pouco acima dos R$ 53,00 no mercado físico de Campinas/SP”.
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, os preços do milho seguem em queda no mercado brasileiro. Segundo pesquisadores do Cepea, a maior disponibilidade do produto e a forte queda nos preços externos na semana passada pressionam as cotações domésticas.
“Com o pico de colheita de uma segunda safra recorde, consumidores aguardam preços menores para efetuar compras de grandes volumes. Vendedores, por sua vez, estão resistentes em negociar nos atuais patamares. Esse cenário resultou em maior disparidade entre as ofertas de compra e venda e em baixa liquidez”.
Nesse cenário, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) operava na semana passada nos menores patamares nominais desde agosto de 2020.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro encerraram as atividades desta segunda-feira com movimentações próximas da estabilidade, mas levemente mais baixas na Bolsa de Chicago (CBOT).
O vencimento setembro/23 foi cotado à US$ 4,82 com desvalorização de 2,00 pontos, o dezembro/23 valeu US$ 4,95 com queda de 1,50 pontos, o março/24 foi negociado por US$ 5,09 com perda de 1,25 pontos e o maio/24 teve valor de US$ 5,17 com baixa de 1,00 ponto.
Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última sexta-feira (04), de 0,41% para o setembro/23, de 0,40% para o dezembro/23, de 0,20% para o março/24 e de 0,19% para o maio/24.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho não conseguiram ganhar muito impulso em qualquer direção na segunda-feira, terminando a sessão de hoje com resultados em algumas manobras técnicas irregulares.
Ao longo do dia, exportadores privados anunciaram ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a venda de 9,9 milhões de bushels de milho para entrega ao México durante a safra 2023/24, que começa em 1º de setembro.
“As inspeções de exportação de milho foram em grande parte medíocres depois de atingir 14,8 milhões de bushels na semana encerrada em 3 de agosto. Isso ficou no limite inferior das estimativas comerciais, que variaram entre 11,8 milhões e 23,6 milhões de bushels. Os totais acumulados para o ano comercial de 2022/23 ainda estão visivelmente abaixo do ritmo do ano passado até agora, com 1,386 bilhão de bushels”, destaca BenPotter, analista da Farm Futures.
O site internacional Successful Farming ainda destaca o papel do bom clima nas lavouras norte-americanas após chuvas registradas no último final de semana em boa parte do Cinturão do Milho.
“As chuvas do fim de semana provavelmente foram tão boas quanto previam”, disse Mark Schultz, analista-chefe da Northstar Commodity, com sede em Minnesota.
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