Milho se movimenta pouco no Brasil nesta 2ªfeira e fecha o dia levemente mais baixo
A segunda-feira (17) chega ao final com os preços futuros do milho registrando movimentações levemente negativas na Bolsa Brasileira (B3), mesmo após abrirem o dia em alta. As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 54,23 e R$ 62,81.
O vencimento julho/23 foi cotado à R$ 54,23 com queda de 0,35%, o setembro/23 valeu R$ 55,86 com desvalorização de 0,85%, o novembro/23 foi negociado por R$ 59,18 com baixa de 0,62% e o janeiro/24 teve valor de R$ 62,81 com perda de 0,22%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado brasileiro de milho seguiu sem grandes novidades diante da colheita da segunda safra avançando em bom ritmo nas regiões que não tiveram registro de chuvas nos últimos dias.
As duas primeiras semanas de julho já registraram embarque de 1.178.217,5 toneladas de milho não moído (exceto milho doce), de acordo com o novo reporte da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Isso representa 28,6% do total exportado em julho de 2022 (4.119.091,2 toneladas) nestes 10 primeiros dias úteis do mês.
Com isso, a média diária de embarques ficou em 117.821,7 toneladas, o que na comparação ao mesmo período do ano passado, representa recuo de 39,9% com relação as 196.147,2 do sétimo mês de 2022.
No mercado físico brasileiro, o preço do milho se movimentou pouco neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorização apenas na praça de Sorriso/MT e identificou valorização apenas em São Gabriel do Oeste/MS.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “as cotações do milho no mercado físico continuam lateralizadas, com os demandantes à espera do aumento da oferta de 2ª safra. Em Campinas/SP, a saca é comercializada próxima aos R$ 54,30”.
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que as negociações de milho seguem em ritmo lento no Brasil, com os preços em queda.
“O avanço da colheita da segunda safra brasileira de milho, que deve ser recorde, e a melhora do clima nos Estados Unidos, o que tem aumentado as estimativas mundiais de produção, apesar das recentes preocupações com o tempo seco no país, têm mantido compradores afastados do mercado spot nacional”.
Mercado Externo
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços internacionais do milho futuro também começaram a segunda-feira em alta, mas perderam força ao longo do primeiro dia da semana e encerram o pregão recuando.
O vencimento setembro/23 foi cotado à US$ 4,99 com perda de 7,25 pontos, o dezembro/23 valeu US$ 5,06 com queda de 7,75 pontos, o março/24 foi negociado por US$ 5,17 com desvalorização de 8,25 pontos e o maio/24 teve valor de US$ 5,24 com baixa de 8,00 pontos.
Esses índices representaram perdas, com relação ao fechamento da última sexta-feira (14), de 1,38% para o setembro/23, de 1,36% para o dezembro/23, de 1,52% para o março/24 e de 1,50% para o maio/24.
Segundo informações do sita internacional Farm Futures, os preços do milho caíram moderadamente depois que as expectativas de melhora na qualidade da safra desencadearam uma rodada de vendas técnicas na segunda-feira.
A publicação destaca que, antes do próximo relatório de progresso da safra do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado no final desta tarde, os analistas acham que a agência aumentará as classificações de qualidade do milho em mais dois pontos após algumas chuvas pontuais em algumas partes do meio-oeste na semana passada, com 57% em bom a excelente condição até 16 de julho. As estimativas comerciais individuais variaram entre 56% e 57%.
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