Milho: B3 recua acompanhando movimentações dos portos
A segunda-feira (22) chega ao final com os preços futuros do milho consolidando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações foram perdendo força ao longo do pregão e encerraram o dia flutuando na faixa entre R$ 84,55 e R$ 93,30.
O vencimento setembro/22 foi cotado à R$ 84,55 com queda de 0,54%, o novembro/22 valeu R$ 87,20 com perda de 1,47%, o janeiro/23 foi negociado por R$ 90,41 com desvalorização de 1,95% e o março/23 teve valor de R$ 93,30 com baixa de 0,54%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, essa queda mínima aconteceu em uma flutuação de realização de lucros, com os agentes de mercado exercendo posições após os portos trabalharem na faixa de R$ 92,00 na última sexta-feira com a B3 trabalhando acima do nível de porto.
“Acaba tendo uma necessidade de correção. Hoje o porto está muito parecido com a B3 entre R$ 88,00 e R$ 93,00, sendo que na semana passada era de R$ 87,00 a R$ 92,00”, aponta Brandalizze.
Enquanto isso, a colheita da safrinha 2022 de milho atingia 87,4% da área estimada de 14,728 milhões de hectares na sexta-feira (19), segundo levantamento de SAFRAS & Mercado. No mesmo período do ano passado, a colheita de milho atingia 79,6% da área cultivada de 14,402 milhões de hectares. A média de colheita dos últimos cinco anos para o período é de 88,2%.
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Até aqui neste mês de agosto, o Brasil exportou 4.708.634 toneladas de milho não moído (exceto milho doce), de acordo com o relatório divulgado pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, por meio da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Sendo assim, o volume acumulado nos 15 primeiros dias úteis do mês já representa 8,59% a mais do total de 4.335.763 toneladas que foram exportadas durante todo o mês de agosto de 2021.
No mesmo período, o Brasil importou 208.145,9 toneladas de milho. Isso significa que, nos 15 primeiros dias úteis do mês, o país já recebeu 42,84% a mais do que o total registrado em agosto de 2021 (145.716,4 toneladas).
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Já no mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve um primeiro dia da semana de elevações. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não encontrou desvalorizações em nenhuma das praças. Já as valorizações apareceram em Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Machado/MG e Porto de Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “com relativa estabilidade do dólar abaixo dos R$ 5,20 e queda de braço firme, os preços do milho encerram a semana em R$ 82,00/sc no mercado físico de Campinas/SP”.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) ganhou força ao longo da segunda-feira e encerrou o primeiro pregão da semana com movimentações altistas para os preços internacionais do milho futuro.
O vencimento setembro/22 foi cotado à US$ 6,33 com valorização de 7,50 pontos, o dezembro/22 valeu US$ 6,29 com alta de 5,75 pontos, o março/23 foi negociado por US$ 6,36 com elevação de 5,75 pontos e o maio/23 teve valor de US$ 6,38 com ganho de 5,50 pontos.
Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última sexta-feira (19), de 1,12% para o setembro/22, de 0,96% para o dezembro/22, de 0,95% para o março/23 e de 0,79% para o maio/23.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros do milho CBOT foram firmes nesta segunda-feira, seguindo os ganhos do trigo e da soja, mas a força foi limitada, já que os traders aguardavam o relatório semanal de condições de safra do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), bem como atualizações antecipadas de campos pesquisados em Ohio, Dakota do Sul e Nebraska.
Analistas esperavam que o relatório de condições de safra do USDA mostrasse classificações de bom a excelente para o milho em 57% e para a soja em 58%, ambos inalterados em relação a uma semana atrás.
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