Milho sobe na B3 nesta 5ªfeira, mas analista não vê espaço para grandes movimentações
A quinta-feira (02) chega ao final de suas atividades com os preços futuros do milho conseguindo se manter em alta na Bolsa Brasileira (B3) após acumular perdas nos quatro pregões anteriores.
O vencimento setembro/21 foi cotado à R$ 91,89 com valorização de 1,56%, o novembro/21 valeu R$ 92,04 com elevação de 1,31%, o janeiro/22 foi negociado por R$ 93,34 com ganho de 0,26% e o março/22 teve valor de R$ 93,70 com alta de 0,67%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o milho está formando uma base de preços, agora com elevações, mas ainda sem muito espaço para despencar ou ter arranques altistas.
Por outro lado, os preços do milho no mercado físico brasileiro caíram mais uma vez. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorização apenas em Pato Branco/PR. Já as desvalorizações apareceram em Ubiratã/PR, Rondonópolis/MT, Itiquira/MT, Rio Verde/GO, Dourados/MT, São Gabriel do Oeste/MS, Amambai/MS, Cândido Mota/SP e Campinas/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira
De acordo com análise da Agrifatto Consultoria, “os preços do milho continuam registrando recuos em algumas praças do país com a maior oferta do milho segunda safra associado ao baixo interesse dos compradores em adquirir o grão. O cereal é negociado na média de R$ 95,00/sc em Campinas/SP”.
O reporte diário da Radar Investimentos também aponta que, “os preços no mercado físico seguem em queda com o avanço da colheita, aumento da fixação por parte dos produtores e incertezas relacionadas com o mercado pecuário. Neste sentido, os compradores têm conseguido trazer as referências do cereal em valores menores em boa parte das regiões produtoras”.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) começou o dia caindo, mas se recuperou e encerrou a quinta-feira conquistando elevações para os preços internacionais do milho futuro.
O vencimento setembro/21 foi cotado à US$ 5,16 com ganho de 0,75 pontos, o dezembro/21 valeu US$ 5,25 com valorização de 2,75 pontos, o março/22 foi negociado por US$ 5,34 com elevação de 2,25 pontos e o maio/22 teve valor de US$ 5,39 com alta de 2,00 pontos.
Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última quarta-feira (01), de 0,19% para o setembro/21, de 0,57% para o dezembro/21, de 0,56% para o maço/22 e de 0,37% para o maio/22.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho subiram, consolidando-se após quedas recentes.
“Os mercados se estabilizaram depois de cair esta semana com o temor de que os danos no Golfo dos Estados Unidos causados pelo furacão Ida parem as exportações de grãos à medida que a colheita dos EUA se aproxima”, diz Julie Ingwersen da Reuters Chicago.
A publicação relata que, os transportadores de grãos relataram mais danos de Ida a seus terminais na quarta-feira, quando a Cargill Inc confirmou os danos a uma segunda instalação, enquanto quedas de energia no sul da Louisiana mantiveram todas as outras fechadas.
“O mercado continua a explorar como contornar a capacidade de exportação reduzida dos EUA causada pelo furacão Ida”, disse Tobin Gorey, diretor de estratégia agrícola do Commonwealth Bank of Australia.
Por outro lado, um dólar mais fraco sustentou os valores, tornando os grãos dos EUA mais competitivos globalmente. O índice do dólar caiu após dados do mercado de trabalho dos EUA.
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