Cotação do milho segue em alta após ultrapassar os R$ 100,00 na B3
A Bolsa Brasileira (B3) permanece altista para os preços futuros do milho nesta sexta-feira (09). As principais cotações registravam movimentações positivas entre 0,71% e 0,96% por volta das 11h49 (horário de Brasília).
O vencimento maio/21 era cotado à R$ 100,80 com valorização de 0,96%, o julho/21 valia R$ 96,09 com alta de 0,84%, o setembro/21 era negociado por R$ 90,34 com ganho de 0,71% e o novembro/21 tinha valor de R$ 91,00 com elevação de 0,79%.
De acordo com análise da Agrifatto Consultoria, o movimento de alta segue na B3 com os compradores de milho sem muita escolha e pagando preços cada vez mais altos pelo cereal.
“Por isso o mercado está muito pressionado e com muita especulação em números”, aponta o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho seguem subindo na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta sexta-feira. As principais cotações registravam movimentações positivas entre 4,00 e 4,75 pontos por volta das 11h38 (horário de Brasília).
O vencimento maio/21 era cotado à US$ 5,84 com elevação de 4,25 pontos, o julho/21 valia US$ 5,66 com valorização de 4,75 pontos, o setembro/21 era negociado por US$ 5,14 com alta de 4,50 pontos e o dezembro/21 tinha valor de US$ 4,98 com ganho de 4,00 pontos.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho subiram alguns centavos durante a noite depois que a China mais que dobrou suas metas de importação de milho para 2020/21 para 866,1 milhões de bushels em seu último relatório de estimativa de oferta e demanda agrícola chinesa divulgado durante a noite.
Além disso, as preocupações com o clima continuam a manter os futuros do milho perto de uma alta de oito anos, com os comerciantes finalizando suas posições antes do relatório WASDE de oferta e demanda desta sexta-feira.
Naomi Blohm, da Total Farm Marketing, espera que o relatório WASDE de hoje possa empurrar os mercados de grãos para fora dos padrões comerciais atuais. “O USDA não mostrou muito para mudanças na demanda ou mudanças no fornecimento global em mais de dois meses, então o comércio está ansioso por novas notícias”, escreveu Blohm na última coluna Ag Marketing IQ .
O milho tem o maior potencial para uma alta de preços hoje. Blohm cita as exportações como uma oportunidade para aumentar as metas de uso para o milho 2020/21 e especula que o etanol também pode sofrer um impulso. “O milho usado na produção da semana passada foi estimado em cerca de 98,5 milhões de bushels, à frente dos 96 milhões de bushels necessários a cada semana para manter o uso do milho para etanol em linha com a projeção do USDA de 4,95 bilhões de bushels”, analisa Blohm.
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