Semana acaba com milho valorizado no mercado nacional
A sexta-feira (19) chega ao final com os preços do milho subindo no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas foram percebidas desvalorizações apenas em Brasília/DF (1,39% e preço de R$ 71,00) e Oeste da Bahia (1,52% e preço de R$ 65,00).
Já as valorizações apareceram nas praças de Pato Branco/PR (0,67% e preço de R$ 75,20), Londrina/PR e Marechal Cândido Rondon/PR (0,68% e preço de R$ 73,50), Cândido Mota/SP (0,68% e preço de R$ 74,50), Eldorado/MS (0,71% e preço de R$ 70,50), Jataí/GO e Rio Verde/GO (1,35% e preço de R$ 75,00), Maracaju/MS e Campo Grande/MS (1,39% e preço de R$ 73,00) e Porto de Santos/SP (2,70% e preço de R$ 76,00).
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “o mercado físico do milho seguiu travado, com compradores sem adquirir grandes volumes e os vendedores vendendo o mínimo possível”.
No Rio Grande do Sul, o preço médio do milho caiu 0,21% em relação a semana anterior, saindo de R$ 70,30 e chegando em R$ 79,13 a saca. Nas lavouras, 42% do milho do estado já está colhido, enquanto 16% estão em maturação.
Enquanto isso no Mato Grosso do Sul, o preço da saca do milho ficou estável entre 08 a 12 de Fevereiro de 2020, sendo negociado a R$ 72,63. Já os trabalhos de campo registraram o início do plantio da segunda safra com a semeadura concluída em 1,1% das lavouras.
B3
Os preços futuros do milho tiveram uma sexta-feira de altas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações entre 0,05% negativo e 1,62% positivo ao final do dia.
O vencimento março/21 foi cotado à R$ 86,61 com queda de 0,05%, o maio/21 valeu R$ 85,99 com alta de 0,87%, o julho/21 foi negociado por R$ 80,29 com valorização de 1,62% e o setembro/21 teve valor de R$ 76,50 com ganho de 0,39%.
Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho brasileiro acumularam elevações de 0,99% para o março/21, de 2,13% para o maio/21, de 3,20% para o julho/21 e de 1,26% para o setembro/21, na comparação com a última sexta-feira (12).
Para a consultoria SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho teve uma semana de poucos negócios, com boa parte dos agentes estendendo o feriado de Carnaval e muitos consumidores ainda sinalizando para algum conforto em seus estoques. No entanto as ofertas começam a rarear em alguns estados.
“O aumento do custo de frete já é perceptível, situação que deve se manter, na medida que avança a colheita da soja”, explica o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
Ele ainda destaca que as dificuldades de abastecimento serão recorrentes no primeiro semestre e o problema só deve ser resolvido com a entrada da safrinha a partir de julho. “Outro aspecto que precisa ser considerado é o atraso do plantio da safrinha, aumentando o risco climático”, completa o analista.
Mercado Externo
Já os preços internacionais do milho futuro começaram o dia em alta, mas depois perderam força ao longo da sexta-feira na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações negativas entre 1,75 e 7,50 pontos ao final do dia.
O vencimento março/21 foi cotado à US$ 5,42 com desvalorização de 7,50 pontos, o maio/21 valeu US$ 5,41 com queda de 7,25 pontos, o julho/21 foi negociado por US$ 5,33 com perda de 6,00 pontos e o setembro/21 teve valor de US$ 4,81 com baixa de 1,75 pontos.
Esses índices representaram perdas, com relação ao fechamento da última quinta-feira de 1,45% para o março/21, de 1,46% para o maio/21, de 1,11% para o julho/21 e de 0,41% para o setembro/21.
Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho acumularam altas de 0,74% para o março/21, de 2,85% para o maio/21, de 1,52% para o julho/21 e de 1,91% para o setembro/21 na comparação com a última sexta-feira (12).
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros do milho foram mais baixos, com os contratos próximos caindo de altas anteriores na realização de lucros antes do fim de semana.
“Os traders se concentraram nas últimas projeções de oferta e demanda da safra do USDA, divulgadas durante o Ag Outlook Forum, que incluiu a primeira estimativa de abastecimento da agência para a próxima safra”, destaca Karl Plume da Reuters Chicago.
A publicação relata também que, os estoques de milho e soja dos EUA devem aumentar apenas ligeiramente até o final da campanha de comercialização de 2021/22 em 31 de agosto de 2022, visto que a forte demanda foi observada absorvendo safras recordes das safras que serão plantadas nesta primavera.
“O USDA realmente estimulou a demanda para compensar essas safras recordes. Esse tipo de aumento de demanda realmente será um empurrão”, disse Mike Zuzolo, presidente da Global Commodity Analytics.
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