Com preocupações com o clima no Meio-Oeste e impulso da demanda, milho encerra 4ª feira em alta na CBOT
Pelo segundo dia consecutivo, os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) registraram ligeiras valorizações. Nesta quarta-feira (6), as principais posições da commodity subiram entre 2,50 e 2,75 pontos. O vencimento dezembro/17 era cotado a US$ 3,61 por bushel, enquanto o março/18 operava a US$ 3,73 por bushel.
"O mercado ganhou suporte por preocupações com o clima nos campos do Meio-Oeste e pela boa demanda pelo cereal. Embora, no início dos trabalhos, os preços eram pressionados por vendas técnicas", destacou a Granoeste Corretora de Cereais.
Conforme dados do site internacional Farm Futures, os investidores continuam observando as previsões climáticas para o Meio-Oeste dos EUA. "Não é esperada nenhuma grande precipitação no Cinturão de Milho nos próximos cinco dias, embora algumas localidades de Nebraska, Kansas, Wisconsin, Michigan, Indiana e Ohio sejam previstas algumas chuvas", destacou o portal.
Ainda no final desta terça-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) revisou para baixo em 1% o índice de lavouras em boas ou excelentes condições. O número ficou em 61%, 26% das lavouras estão em condição regular e 13% em condições ruins ou muito ruins.
Nesta quarta-feira, o departamento também informou a venda de 253,3 mil toneladas de milho para o México. O volume negociado deverá ser entregue ao longo da campanha 2017/18. Essa é a segunda operação reportada essa semana. Na terça-feira, foram negociadas 143,650 mil toneladas do cereal também para o México.
Mercado interno
No Brasil, a quarta-feira (6), foi de ligeiras movimentações aos preços do milho. Conforme levantamento da equipe do Notícias Agrícolas, o preço caiu 32% em São Gabriel do Oeste (MS), com a saca a R$ 17,00. Na localidade de Jataí (GO), o recuo ficou em 2,56%, com a saca a R$ 19,00.
Em contrapartida, o preço subiu 12,26% na região de Itiquira (MT) e encerrou o dia a R$ 17,40. Na região de Sorriso (MT), a saca registrou alta de 10% e finalizou a quarta-feira a R$ 11,00. No Oeste da Bahia, o ganho ficou em 4,17% e a saca a R$ 25,00.
Ainda segundo reportam os analistas, as cotações do cereal no mercado doméstico encontram suporte nas exportações aquecidas. O volume embarcado em agosto ficou em 5,25 milhões de toneladas, volume bem acima do registrado em julho, de 2,32 milhões de toneladas.
De acordo com informações da Scot Consultoria, "a expectativa é de cotação firme neste semestre e começo de 2018, em função da exportação, que deverá continuar aquecida nos próximos meses. De qualquer maneira, as cotações deverão ficar abaixo do patamar verificado no mesmo período do ano passado".
A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) ainda realizou mais duas operações de apoio à comercialização do milho nesta quarta-feira. O total arrematado ficou em 390 mil toneladas, o equivalente a 72,24% do ofertado, de 540 mil toneladas.
No caso do leilão de Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural), o volume arrematado ficou em 287,5 mil toneladas, o equivalente a 79,23% do total ofertado, de 363 mil toneladas. A sobra ficou em 75,4 mil toneladas do cereal.
Na operação de Pep (Prêmio para Escoamento de Produto), o volume negociado ficou em 102,5 mil toneladas, das 177 mil toneladas, o equivalente a 57,92%. No leilão, a sobra foi de 74,4 mil toneladas.
Confira como fecharam os preços nesta quarta-feira:
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