Milho: Na BM&F, preços operam com ligeiras quedas no pregão desta 4ª feira, próximos da estabilidade
As cotações futuras do milho negociadas na BM&F Bovespa trabalham com ligeiras perdas no pregão desta quarta-feira (20). As principais posições do cereal exibiam leves quedas entre 0,48% e 0,57%, por volta das 11h52 (horário de Brasília). A referência para a safrinha brasileira, o vencimento setembro/16, operava a R$ 46,27 a saca. Já o novembro/16 era cotado a R$ 47,45 a saca.
Apesar das pequenas desvalorizações, o mercado ainda demonstra sustentação diante da relação ajustada entre oferta e demanda no Brasil. As cotações voltaram a subir depois da indicação de uma safrinha próxima de 43 milhões de toneladas de milho e de estoques de passagem ao redor de 4,47 milhões de toneladas, abaixo do consumo mensal do país, de 4,5 milhões de toneladas. Os números foram divulgados pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) em seu último boletim de levantamento de safras.
Enquanto isso, a colheita da segunda safra tem avançado nas principais regiões produtoras do país e confirmado a quebra na produtividade. As lavouras do cereal foram severamente afetadas pelas irregularidades climáticas, em especial a estiagem, o que acabou reduzindo o rendimento médio das plantações. Ainda hoje, mais seis municípios de Mato Grosso decretaram situação de emergência, são eles: Querência, Água Boa, Canarana, Novo São Joaquim, Guiratinga e Cláudia.
Ainda no mercado interno, outro fator que tem contribuído para a firmeza dos preços é a retração vendedora. Na região de Buri (SP), o produtor rural Frederico d'Avila reforça que o preço da saca do cereal está próximo de R$ 42,00. Contudo, muitos agricultores esperam valores mais altos, entre R$ 45,00 e R$ 47,00 a saca para negociarem o produto.
Bolsa de Chicago
Já na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços trabalham bem próximos da estabilidade. E, perto das 12h14 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam ligeiras quedas entre 0,25 e 0,50 pontos. O vencimento setembro/16 era cotado a US$ 3,41 por bushel, enquanto o maio/17 era negociado a US$ 3,67 por bushel.
O clima continua como principal direcionador aos preços no mercado internacional. Em meio à fase mais importante ao desenvolvimento da cultura do milho, a polinização, as cotações permanecem sensíveis às informações sobre o comportamento climático nos EUA.
"As temperaturas deverão ficar mais altas, embora o calor previsto para o Corn Belt no final de semana não parece ser tão extremo como nas previsões anteriores. E mapas para os próximos 7 dias mostraram um potencial para as melhores chuvas geralmente na metade norte da região produtora", disse Bryce Knorr, analista e editor do portal Farm Futures.
No intervalo de 27 de julho a 2 de agosto, ainda são previstas temperaturas acima da média em todo o cinturão produtivo nos EUA, conforme dados reportados pelo NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país. Já as chuvas deverão ficar abaixo da normalidade no mesmo período.
Temperaturas previstas nos EUA entre os dias 27 de julho e 2 de agosto - Fonte: NOAA
Chuvas previstas nos EUA entre os dias 27 de julho e 2 de agosto - Fonte: NOAA
"As condições das culturas americanas eram boas essa semana, mas muito ainda pode mudar com condições meteorológicas adversas, e eu espero que o mercado continue focado em previsões climáticas para os EUA para as próximas semanas", afirma Frank Rijkers, economista agroalimentar pelo ABN AMRO Bank. Até o inicio da semana, em torno de 76% das lavouras do cereal apresentavam boas ou excelentes condições, conforme boletim divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
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