Milho: Com dólar forte, preços retomam o patamar dos R$ 30,00 no Porto de Paranaguá
Ao longo desta sexta-feira (24), a saca do milho disponível era cotada a R$ 30,00 no Porto de Paranaguá. Já a saca do cereal para entrega em outubro/15, era negociada a R$ 30,50 no mesmo terminal. No Porto de Santos, a saca do grão disponível era cotada a R$ 30,50, já para entrega em outubro/15, o valor era de R$ 32,20/sc.
No dia anterior, a disparada no câmbio acirrou a queda de braços entre os compradores e os vendedores. "Nesta quinta-feira, os compradores ofereceram em torno de R$ 29,50 a R$ 30,50 pela saca do cereal no Porto de Paranaguá, mas os vendedores pediram valores entre R$ 32,00 a R$ 33,00/sc", conforme explicou o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze.
Já nesta sexta-feira, o câmbio dá continuidade ao movimento positivo e, por volta das 13h10 (horário de Brasília), era cotado a US$ 3,33, com ganho de 1,25%. Ainda ontem, a moeda norte-americana atingiu o maior patamar dos últimos 4 meses, depois do corte nas metas fiscais do governo estimular os temores de que o país poderá perder o seu grau de investimento.
Bolsa de Chicago
Durante as negociações desta sexta-feira (24), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) ampliaram as perdas. Por volta das 13h10 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam perdas entre 8,00 e 8,50 pontos. O vencimento setembro/15 que iniciou o dia a US$ 3,99 por bushel, era cotado a US$ 3,95 por bushel.
Segundo dados do site internacional Farm Futures, os futuros da commodity devem terminar a semana com queda de 5%. Caso seja confirmada, essa deverá ser a maior perda semanal em um ano. "Além do clima mais seco no Meio-Oeste dos EUA, as exportações caminham de maneira mais lenta, o que contribui para pressionar os preços", disse Bob Burgdorfer, da Farm Futures.
Contudo, as previsões climáticas indicando um clima mais quente no Meio-Oeste norte-americano têm dividido a opinião dos participantes do mercado. Isso porque, alguns acreditam que a situação, se confirmada, poderá afetar a polinização do cereal, por outro lado, outros entendem que o tempo seco deverá contribuir para o desenvolvimento das plantações de milho.
No intervalo dos dias 29 de julho a 2 de agosto, o NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - aponta temperaturas acima da média em alguns estados importantes na produção, como Missouri, Illinois, Indiana e Ohio. No mesmo período, também são previstas chuvas para a região.
Até o último domingo, o levantamento realizado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) apontou que cerca de 69% das lavouras estavam em boas ou excelentes condições e em torno de 55% estavam em fase de espigamento. O órgão atualiza os números na próxima segunda-feira (27).
Outra variável que está sendo observada pelos participantes do mercado é o comportamento do dólar no cenário internacional. De acordo com informações do site da Investing.com, o dólar americano subiu nesta sexta-feira frente às principais moedas mundiais, impulsionado pelas informações de que os pedidos de seguro desemprego nos EUA alcançaram na semana passada o nível mais baixo desde o ano de 1973.
Além disso, as informações não tão positivas sobre a atividade industrial na Europa também contribuem para dar sustentação ao dólar.
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