Milho: Em Chicago, mercado amplia perdas ao longo desta 4ª feira após ganhos expressivos
Durante os negócios desta quarta-feira (1), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) ampliaram as perdas. As principais posições do cereal exibiam quedas entre 4,25 e 6,00 pontos, por volta das 12h41 (horário de Brasília). O contrato julho/15 era cotado a US$ 4,08 por bushel, depois de iniciar o dia a US$ 4,14 por bushel.
As cotações da commodity recuam após os fortes ganhos observados no dia anterior. Nesta terça-feira, os preços do cereal registraram ganhos expressivos, de quase 30 pontos em decorrência dos novos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). “O mercado está mais na defensiva, devolvendo parte dos ganhos hoje. Os preços da soja e do milho mudaram o patamar e temos a reacomodação do mercado e ver em qual nível iremos estabilizar”, explica o consultor da França Junior Consultoria, Flávio França.
A área cultivada com o milho no país na safra 2015/16 foi projetada em 35,89 milhões de hectares. Em comparação com a área plantada com o grão na última temporada o número é equivalente a uma queda de 2%. Já os participantes do mercado apostavam em número de 36,072 milhões de hectares. Enquanto isso, os estoques trimestrais, até 1º de junho, ficaram em 112,928 milhões de toneladas, frente as 115,748 milhões de toneladas esperadas pelos investidores.
Paralelamente, o clima no Meio-Oeste dos EUA permanece sendo acompanhado pelos investidores. Até o momento, as previsões climáticas continuam indicando chuvas para a região nos próximos dias. Segundo dados do NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país -, as precipitações ainda continuam na região nos próximos 8 a 14 dias, com menor intensidade. Para o mês de julho, a indicação também é de chuvas para a localidade.
Chuvas nos próximos 8 a 14 dias - Fonte: NOAA
“No caso do milho não há como replantar, inclusive, a área a ser colhida pode ser ainda menor, por conta dos alagamentos e inundações, são áreas perdidas. Ainda não temos os números, mas já temos perdas efetivas no cereal”, destaca França.
Mercado interno
Enquanto isso, a colheita da segunda safra de milho avança no Brasil. Somente no Paraná, a colheita chegou a 20% e a perspectiva é de uma safrinha cheia, próxima de 10,78 milhões de toneladas. “Estamos colhendo uma safra de inverno generosa e temos estoques elevados. No milho, estamos em um momento em que não podemos perder boas oportunidades de negócios, pois precisamos enxugar o excedente do mercado interno”, orienta o consultor.
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