Milho: Mercado espera números do USDA e opera com ligeira alta na manhã desta 3ª feira em Chicago
As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram a sessão desta terça-feira (30) em campo positivo. Por volta das 7h56 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam ganhos entre 1,75 e 3,75 pontos. O vencimento julho/15 era cotado a US$ 3,87 por bushel.
O mercado tenta dar continuidade ao movimento positivo observado nos últimos dias. Como principal fator de suporte aos preços ainda está o comportamento do clima no Meio-Oeste. De acordo com as previsões climáticas oficiais, as chuvas continuam na região ao longo dessa semana.
Com isso, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reduziu o índice de lavouras em boas ou excelentes condições de 71% para 68%. Em igual período do ano passado, o número era de 75%. Já as plantações em situação regular subiram de 23% para 24% e as em condições ruins ou muito ruins passaram de 6% para 8%. O boletim foi reportado no final da tarde desta segunda-feira.
Ainda hoje, o órgão traz os números dos estoques trimestrais e área cultivada com o milho nesta temporada. Os analistas apostam em um número de 36,09 milhões de hectares e os estoques, até 1º de junho, deverão somar 114,61 milhões de toneladas.
Confira como fechou o mercado nesta segunda-feira:
Milho: À espera do USDA, mercado fecha sessão com leve queda, próximo da estabilidade na CBOT
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho encerraram a sessão desta segunda-feira (29) com ligeiras perdas. As principais posições da commodity exibiram quedas entre 0,25 e 1,75 pontos. Apenas o vencimento dezembro/15 fechou o dia com ganho de 0,25, cotado a US$ 4,02 por bushel. O contrato julho/15 era negociado a US$ 3,83 por bushel, após ter iniciado o pregão a US$ 3,88 por bushel.
A analista de mercado da FCStone, Ana Luiza Lodi, explica que o mercado passou um movimento de ajuste de posições à espera dos números dos estoques trimestrais e área semeada nos EUA, que serão divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta terça-feira (30). "Depois dos ganhos expressivos observados nos últimos dias, os investidores optaram por um movimento de realização de lucros. Já o boletim do departamento não deve trazer mudanças significativas, a perspectiva é que os números fiquem próximos dos reportados anteriormente", afirma.
A área cultivada com o milho nesta temporada deverá ficar em 36,09 milhões de hectares, conforme as apostas dos participantes do mercado. No último boletim, o número ficou em 36,1 milhões de hectares. Ambos os números estão abaixo do registrado na safra anterior, de 36,66 milhões de hectares.
Paralelamente, os estoques trimestrais, até o dia 1º de junho, deverão totalizar 114,61 milhões de toneladas de milho, de acordo com as perspectivas dos investidores. O número, se confirmado, deverá ficar acima do observado no mesmo período do ano passado, de 97,85 milhões de toneladas. Porém, ficará abaixo do registrado em 1º de março de 2015, de 196,73 milhões de toneladas.
Contudo, a analista explica que, o foco dos participantes do mercado ainda será o comportamento do clima no Meio-Oeste dos EUA. E, por enquanto, as previsões climáticas indicam precipitações para os próximos dias na região. De acordo com informações do site internacional Farm Futures, os mapas meteorológicos mantêm as chuvas no Corn Belt, mas não mostram tempestades severas como as observadas na semana anterior.
"Para os próximos sete dias, as precipitações mais pesadas continuam sobre os estados de Indiana e Ohio, onde as lavouras de milho e soja precisam de condições mais secas. Já nos próximos 6 a 10 dias, a previsão mantém as chuvas acima do normal no Meio-Oeste", disse Bob Burgdorfer, da Farm Futures.
Ainda de acordo com a analista da FCStone, há muitos campos encharcados em algumas localidades do cinturão produtor de milho. "As chuvas continuam como uma preocupação, pois já choveu bastante e ainda temos um indicativo de precipitações para os próximos dias. Mas ainda é cedo para fazermos uma avaliação, principalmente em relação à perda na produtividade. Teremos que acompanhar para ver se o prejuízos serão grandes ou pontuais", diz.
Entretanto, Ana Luiza sinaliza que, o USDA pode revisar os números das lavouras em boas ou excelentes condições no relatório de acompanhamento de safras, que será divulgado nesta segunda-feira depois do fechamento dos negócios em Chicago. Na semana anterior, o departamento indicou que cerca de 71% das plantações do cereal estavam em boas ou excelentes condições.
Além disso, o departamento reportou nesta segunda-feira o boletim de embarques semanais. No caso do milho, os embarques somaram 1.040,514 milhão de toneladas, até a semana encerrada no dia 25 de junho. Na semana anterior, o número ficou em 1.115,832 milhão de toneladas.
Mercado interno
O preço da saca do milho para entrega em outubro/15 fechou a segunda-feira estável em R$ 29,50 no Porto de Paranaguá. Ao longo do dia, a saca atingiu o patamar de R$ 30,00 impulsionada pelos ganhos em Chicago e também no câmbio. No entanto, durante os negócios tanto os valores praticados no mercado internacional, como o dólar recuaram.
O câmbio fechou o dia a R$ 3,11, com queda de 0,28, depois de alcançar R$ 3,15 na máxima da segunda-feira. Conforme dados da Reuters, recuo é decorrente do movimento de queda da moeda norte-americana frente ao euro, com operadores aproveitando o avanço registrado mais cedo devido à crise da dívida da Grécia.
No mercado interno, as cotações subiram em Ubiratã e Londrina, ambas praças do Paraná, para R$ 19,60 a saca, com valorização de 1,03%. Em Cascavel (PR), a saca aumentou 2,63%, com preço de R$ 19,50. Na região de Tangará da Serra (MT), a alta foi mais forte, de 3,33% e a saca do grão a R$ 15,50, em Campo Novo do Parecis (MT), o ganho foi de 3,70%, com a saca a R$ 14,00. Nas demais praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas o dia foi de estabilidade.
No mercado interno as cotações exibem oscilações em praças diferentes. De acordo com dados do Cepea, algumas localidades estão em período de entressafra e outras em momento de colheita. Então, as cotações ainda buscam uma tendência, ainda segundo o boletim.
No entanto, a expectativa é que as exportações brasileiras fiquem mais aquecidas a partir de julho, o que poderia aliviar a pressão sobre os preços no mercado interno. Nos primeiros 14 dias de junho, as exportações de milho somaram 72,5 mil toneladas, um aumento de 83,4% em relação ao mesmo período do mês anterior.
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