Milho: Após perdas recentes, mercado esboça reação na CBOT e julho/15 chega a US$ 3,52/bu

As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) dão continuidade ao movimento positivo na sessão desta quinta-feira (28). Os principais contratos do cereal registravam ganhos entre 3,75 e 4,50 pontos, por volta das 12h27 (horário de Brasília). O vencimento julho/15 era cotado a US$ 3,52 por bushel, depois de iniciar o dia a US$ 3,51 por bushel.

Os preços futuros ainda esboçam uma reação após as quedas observadas nos dois últimos pregões. Somente, na sessão desta quinta-feira, os contratos perderam importantes patamares de suporte, ao acumular desvalorizações entre 5,50 e 6,75 pontos. Com isso, os preços tocaram os menores patamares dos últimos 7 meses, conforme dados das agências internacionais.

As posições da commodity pressionadas pelo índice de lavouras de milho em boas ou excelentes condições nos Estados Unidos, que até ao último domingo (24), estava em 74%, conforme dados reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

"Os preços têm sido pressionados pelo bom andamento da safra nos EUA e o plantio que está caminhando para o final e está acima da média dos anos anteriores. Tudo está caminhando bem no país, o que acaba pesando nos preços. E com a expectativa de uma safra robusta norte-americana e o balanço entre oferta e demanda é positivo, podemos ter espaço para novas quedas. Porém, tudo irá depender da confirmação da produção", destaca a analista de mercado da FCStone, Ana Luiza Lodi.

No mesmo período, o plantio do cereal avançou e chegou a 92% da área projetada para essa temporada. E, até o momento, o clima tem se comportado de maneira bastante favorável para o desenvolvimento da cultura. As chuvas continuam sobre o Meio-Oeste do país e as temperaturas, que estavam mais baixas, já começaram a subir.

Paralelamente, a produção de etanol no país ficou em 969 mil barris por dia até a semana encerrada no dia 22 de maio, de acordo com dados da AIE (Agência de Informação de Energia). O número representa um aumento em relação à semana, na qual, a produção totalizou 958 mil barris por dia.

Na contramão desse cenário, os estoques de etanol norte-americanos apresentaram ligeira queda e, recuaram de 20,4 mil barris para 20,1 mil barris, no mesmo período.