Milho: Em Chicago, mercado espera dados do USDA e volta a operar em campo negativo
Diante da perspectiva de progresso na semeadura do milho nos Estados Unidos, as cotações futuras do cereal voltaram a operar em campo negativo na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta segunda-feira (11). Com isso, por volta das 12h28 (horário de Brasília), os vencimentos da commodity exibiam perdas entre 0,50 e 2,25 pontos. A posição maio/15 era cotada a US$ 3,58 por bushel, após ter iniciado o dia a US$ 3,61 por bushel.
Os investidores apostam em um plantio completo em 75% da área prevista para essa safra, conforme destacam as agências internacionais. O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) atualiza os números do acompanhamento de safras e condições das lavouras no final da tarde de hoje.E, por enquanto, as previsões climáticas indicam tempo favorável no país, com chuvas, o que deverá favorecer a germinação das plantas.
Enquanto isso, os participantes do mercado operam em compasso de espera frente ao novo boletim de oferta e demanda que será divulgado nesta terça-feira (12), pelo departamento norte-americano. De acordo com estimativas dos investidores, a perspectiva é que o USDA indique a produção de milho, da safra 2015/16, em 344,19 milhões de toneladas.
A projeção está abaixo do colhido na temporada anterior, de 361,11 milhões de toneladas de milho. Já os estoques de passagem da safra nova deverão ser indicados em 44,1 milhões de toneladas. Em contrapartida, os investidores esperam uma revisão para cima nos números dos estoques finais da safra 2014/15, de 46,41 milhões para 46,94 milhões de toneladas.
Por outro lado, os estoques de passagem mundiais da safra 2015/16 deverão ficar ao redor de 185,4 milhões de toneladas, número abaixo do previsto para esse ciclo, de 189,5 milhões de toneladas do grão. Do mesmo modo, a safra do Brasil deverá ser indicada em 75,3 milhões de toneladas, contra as 75 milhões de toneladas projetadas no mês de abril.
A safra de milho da Argentina também deverá ficar acima do divulgado no mês anterior, e subir de 24 milhões para 24,5 milhões de toneladas.
Ainda hoje, o USDA reportou que os embarques semanais ficaram em 1.135,90 milhão de toneladas, até a semana encerrada no dia 7 de maio. Na semana anterior, o número ficou em 1.051,07 milhão de toneladas do cereal.
Mercado interno
No Porto de Paranaguá, a saca do milho, para entrega em outubro/15, era cotada a R$ 27,00 nesta segunda-feira. Mesmo patamar observado no fechamento da última sexta-feira. Nesse momento, as cotações do cereal permanecem pressionadas diante da queda registrada no mercado internacional. Já o dólar, era cotado a R$ 3,04, com ganho de 2,05%.
A perspectiva de safrinha cheia no Brasil e os estoques brasileiros são fatores que também pesam sobre os preços. Na região de Jataí (GO), as cotações recuaram 20% nos últimos 30 dias frente à perspectiva de produção maior na localidade. A saca do milho é cotada a R$ 19,00, no mercado disponível.
"Com isso, temos a comercialização travada nesse momento. De um lado, as indústrias estão esperando que as cotações do cereal caiam mais e do outro, os produtores tentando segurar a comercialização", afirma o produtor rural do município, Mozart Carvalho de Assis.
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