Turquia: o país que está em dois continentes tem várias semelhanças com o Brasil no cultivo de tomates

Publicado em 04/04/2025 13:20
Jornada BASF Nunhems conheceu as características da produção agrícola na região de Antalya, visitando a sede da empresa no país, produtores e exportadores

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A última parada da Jornada BASF Nunhems foi a Turquia, um país que possui diversas características semelhantes com a produção de tomates do Brasil, como condições climáticas, estufas de baixa tecnologia e os mesmos desafios fitossanitários. 

No país que fica parte na Europa e parte na Ásia, as visitas foram realizadas na região de Antalya, uma cidade praiana e turística, que recebe muitos russos, especialmente no verão, mas que também tem uma forte vocação para a agricultura. Por lá, se concentram as produções turcas de tomate, pimentão, pepino, laranjas e bananas. 

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Estufa de Tomates na Região de Antalya na Turquia - Foto: Guilherme Dorigatti

"A Turquia tem similaridades muito grandes com o Brasil em termos de tecnologia de produção. Aqui temos um cultivo protegido que se assemelha muito com a região do Paraná, então conseguimos tirar muitas informações daqui, de como os produtores fazem os seus ciclos de cultivo utilizando uma tecnologia mais básica, mas consistente, para ter produtividade e conseguir exportar a sua produção", diz Diego Lemos, Gerente de Portfólio BASF Nunhems. 

A primeira etapa da fase turca da Jornada foi nas dependências da sede da BASF Nunhems na região. Por lá, o grupo visitou as estufas onde são cultivados os pais das plantas de tomate que serão cruzadas para gerar novos híbridos. Essa é a primeira das fases no processo de produção de novas variedades e precede os momentos que pudemos acompanhar nas estações da Espanha e Holanda. 

"Na estação de Antalya, trabalhamos com tomate, pepino fresco e pimentão. Nós fazemos os cruzamentos aqui nas estufas que pudemos visitar, de diferentes variedades nesses três cultivos. Nós fazemos os cruzamentos e testes internamente e com produtores externos para todo o mercado da Turquia, leste da Europa e países do Oriente Médio", conta Mehmet Kara, Especialista em Desenvolvimento de Produto BASF Nunhems. 

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Mehmet Kara - Foto: Guilherme Dorigatti

Dentro da sede da empresa, são cerca de 13 hectares, onde 90 funcionários cultivam tomate, pepino e pimentão com foco em ganho de produtividade e aumento de resistências a doenças. 

Outra etapa das visitas foi nas estufas de Ali Dur, um simpático produtor turco que ficou feliz em receber o grupo em suas propriedades e mostrar o trabalho que desenvolve há 25 anos em parceria com a BASF Nunhems. 

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Ali Dur - Foto: Guilherme Dorigatti

"Obrigado aos meus amigos do Brasil. É uma honra e orgulho recebê-los. Nossas variedades de tomates são muito bonitas, com qualidade, resistência às doenças e toneladas de rendimento", relata Dur. 

O produtor contou ainda que cultiva seus 2 hectares de estufas praticamente sozinho, contando com o auxílio de 9 funcionários, principalmente durante a colheita. Cerca de 80% da produção colhida por Ali Dur é destinada à exportação, com foco principal nos supermercados da Alemanha. 

Um dos compradores dos tomates de Ali é a empresa exportadora Hatipoğlu Tarim. O grupo de brasileiros também teve a oportunidade de conhecer as instalações da corporação na região de Antalya, de onde saem 1.500 caminhões com 30 mil toneladas de vegetais todos os anos. 

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Separação de Pimentões para Exportação na Hatipoğlu Tarim - Foto: Guilherme Dorigatti

Os produtores de tomate do Brasil que compunham o grupo destacaram a importância de realizar essas visitas na Turquia e os aprendizados que puderam ser obtidos no país. 

"A Turquia tem um clima mais parecido com o do Brasil, mas com a presença das estufas. São estufas de baixa tecnologia, mas ainda com tecnologia presente para produzir o máximo possível. A diferença é que no nosso país nós aproveitamos apenas as nossas características de clima e aqui se adaptam ao que eles têm", Ricardo Pereira Marques, da Santa Bárbara Tomates. 

"Uma coisa interessante que vimos é que aqui na Europa eles não produzem o tomate em campo aberto, enquanto no Brasil são 95% em campo aberto. O Brasil é privilegiado e ainda tem muito para crescer no agro, e tem coisas que a gente viu aqui na viagem, pequenas coisas que se encaixam e podem mudar totalmente o nosso negócio, como técnicas e ajustes de manejo", opina José Leonardo Mallmann, da Tomates Mallmann.

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Estufa de Tomates na Região de Antalya na Turquia - Foto: Guilherme Dorigatti
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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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