Melancia/Cepea: Cotações vêm sendo pressionadas desde a última semana de dezembro

Assim como na última semana do ano passado, 2025 se inicia com queda nas cotações de melancia nas regiões produtoras. Os menores preços pagos aos produtores são reflexo da menor demanda pela fruta, visto o encerramento das festividades de final de ano (Natal e Ano Novo), épocas em que o consumo tende a ser mais aquecido. Além disso, a intensificação da colheita na Bahia e no Rio Grande do Sul tem contribuído com a elevação de oferta, limitando possíveis recuperações das cotações. Assim, nesta semana (06 a 10/01), a melancia de maior calibre (>12 kg), foi negociada a R$ 0,82/kg em Teixeira de Freitas (BA), recuo de 24,20% frente à semana anterior. De acordo com colaboradores consultados pelo Hortifrúti/Cepea, por mais que chuvas tenham atingido partes do estado sul-baiano, não foram suficientes para causar problemas relacionados ao desenvolvimento ou doenças fúngicas. Assim, a produtividade na região segue satisfatória, com melancicultores intensificando as atividades de colheita nesta reta final da 1ª parte da safra do estado.

Do mesmo modo, no Rio Grande do Sul houve maior ritmo das colheitas ao longo destas primeiras semanas de janeiro, visto a abertura de novas roças em Encruzilhada do Sul e Arroio dos Ratos (principais regiões do estado a ofertarem a fruta). Deste modo, com elevação da oferta, as cotações também recuaram na praça gaúcha, com a melancia graúda (>12 kg) sendo negociada a R$ 0,56/kg, recuo de 32,40% ante à semana anterior. Os menores preços pagos aos produtores gaúchos frente aos baianos se justificam pela preferência de compradores pelas frutas de Teixeira de Freitas, que têm apresentado qualidade superior às do Sul. Por fim, para as semanas seguintes, tendência é de continuidade dos preços em queda, frente o avanço das colheitas na BA e no RS, gerando intensificação da oferta doméstica da fruta.