Olivicultura avalia ano marcado pela resiliência e projeta 2025 com mais avanços para o setor
O Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva) teve um ano de 2024 que ficará marcado pela resiliência e pela esperança. A avaliação é do presidente do Instituto, Renato Fernandes, ao fazer um balanço do ano. O presidente da entidade lembrou a dificuldade extrema para o setor imposta por uma enchente sem precedentes no Rio Grande do Sul, em maio.
O dirigente reforça que a olivicultura teve alguns desafios, enfrentando as chuvas ainda no ano de 2023 e a grande enchente de maio de 2024, o que encharcou demais o solo para o manejo da cultura.No entanto, Fernandes enumerou uma série de conquistas no setor, mesmo em um ano negativamente atípico. “Começo pela participação do Ibraoliva no encontro ocorrido na Câmara Setorial de Fruticultura, em Brasília (DF), depois acertamos parcerias estratégicas junto com o sistema Fecomércio, e também participamos de uma ação importante para os nossos produtores que mandaram os seus azeites para o Prêmio Governo do Estado do Rio Grande do Sul, sendo todos eles agraciados com a premiação”, destacou.
Fernandes citou também a abertura da colheita, em fevereiro, em Gramado, a Olifeira, em Guaíba, a Festa do Azeite em Caçapava do Sul, a Feira do Azeite Novo, que acontece a cada 15 dias na Secretaria da Agricultura, as parcerias entre Ibraoliva, Senac e Sebrae e o apoio nas ações de fiscalização do Ministério da Agricultura contra o azeite extravirgem adulterado.
O presidente do Ibraoliva destacou ainda dois eventos muito importantes ocorridos dentro da Expointer deste ano. Um deles foi a inauguração da casa Ibraoliva, no Parque Assis Brasil em Esteio (RS). “Esta foi uma grande conquista para os olivicultores e lá se falou muito, recebemos autoridades. Outro ponto importante dentro da Expointer foi a assinatura da redução de ICMS, de 12% para 4% na venda do azeite de oliva para fora do Rio Grande do Sul bem como o início da articulação para tentar zerar essa alíquota”, ressaltou.
Outro ponto fundamental destacado por Fernandes foi a visita de integrantes do Conselho Oleícola Internacional (COI) em propriedades de Restinga Seca, Caçapava do Sul e Cachoeira do Sul para conhecer o trabalho e as potencialidades da olivicultura na região. “E aí, sim, passamos um degrau acima, onde fomos considerados pela Associação Mundial, tivemos a impressão e a certeza que estamos no caminho certo, a partir do reconhecimento da qualidade do nosso azeite, onde também fomos apontados como um futuro produtor mundial”, projetou.
Fernandes espera um 2025 com mais avanços no sentido da busca de novas parcerias e também seguir perseguindo a consolidação de toda a olivicultura brasileira nos mercados. O presidente do Ibraoliva destacou como fundamental neste sentido que as pesquisas técnicas sigam avançando. “Para isso será necessário o apoio governamental e a participação do próprio COI neste processo, oferecendo conhecimentos dos bancos de germoplasma que eles têm tanto na Argentina como também na Europa”, concluiu. Bancos de germoplasma são instituições que conservam material genético de plantas, animais e microrganismos para preservar a diversidade genética e disponibilizar material genético para pesquisa científica, agricultura e conservação.
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