SC registra safras de alho e cebola menores do que as estimadas
Os produtores de cebola de Santa Catarina colheram cerca de 407 mil toneladas da hortaliça na safra 2023/2024. Já a produção de alho foi de aproximadamente 7,37 mil toneladas. Os dados são do projeto de monitoramento de safras do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), disponíveis no site do Observatório Agro Catarinense. Isso representa uma quebra de 27,5% na comparação com a safra anterior, quando foram colhidas 551,5 mil toneladas de cebola no Estado. No caso do alho, a redução foi ainda maior, de aproximadamente 38,6% em relação às estimativas iniciais, que eram de uma colheita de quase 12 mil toneladas.
Em ambos os casos, problemas climáticos afetaram severamente parte das lavouras. O excesso de chuva no período de desenvolvimento das plantas gerou inundações, perda de nutrientes do solo e baixa incidência de luz solar que afetaram a qualidade dos bulbos.
Produção de cebola
No caso da cebola, os problemas climáticos levaram a uma queda significativa na produtividade. Inicialmente estimada em 29,85 mil quilos por hectare, a produtividade revisada ficou em 21,31 mil quilos por hectare, uma redução média de 8,5 mil quilos para cada hectare colhido.
Além disso, conforme o analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri/Cepa, Jurandi Gugel, o excesso de umidade também teve consequências no processamento da cebola feito após a colheita. Houve registro de apodrecimento e doenças fúngicas que geraram uma perda estimada em mais de 65 mil toneladas. Com isso, a quantidade efetivamente comercializada pelos produtores deve ficar em aproximadamente 342 mil toneladas.
Em termos de mercado, um movimento que chamou a atenção do analista, neste início de 2024, foi o crescimento das importações de cebola, que têm a Argentina como principal fornecedor. Em janeiro do ano em curso, as importações brasileiras bateram 5 mil toneladas, número bem superior ao registrado no mesmo mês dos últimos três anos, quando entraram no país 911 toneladas, em 2021; 660 toneladas, em 2022; e 1,38 mil toneladas em 2023. Mesmo com esses números, as importações anuais de cebola, no ano de 2023, foram 10,89% menores do que as registradas no ano anterior, conforme indicado no Boletim Agropecuário de fevereiro.
Produção de alho
Desde a safra 2018/2019, a área plantada com alho tem diminuído progressivamente em Santa Catarina. Os 994 hectares plantados na safra 2023/2024 representam aproximadamente 41,32% da área registrada em 2018/2019. Conforme Gugel, a baixa rentabilidade da cultura, nas últimas safras, tem desestimulado o plantio. Esse foi um dos motivos da redução na produção total, já que a área plantada teve uma diminuição maior do que o projetado inicialmente, o que foi agravado pelos problemas climáticos.
Além disso, conforme o analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri/Cepa, Jurandi Gugel, o excesso de umidade também teve consequências no processamento da cebola feito após a colheita. Houve registro de apodrecimento e doenças fúngicas que geraram uma perda estimada em mais de 65 mil toneladas. Com isso, a quantidade efetivamente comercializada pelos produtores deve ficar em aproximadamente 342 mil toneladas.
Em termos de mercado, um movimento que chamou a atenção do analista, neste início de 2024, foi o crescimento das importações de cebola, que têm a Argentina como principal fornecedor. Em janeiro do ano em curso, as importações brasileiras bateram 5 mil toneladas, número bem superior ao registrado no mesmo mês dos últimos três anos, quando entraram no país 911 toneladas, em 2021; 660 toneladas, em 2022; e 1,38 mil toneladas em 2023. Mesmo com esses números, as importações anuais de cebola, no ano de 2023, foram 10,89% menores do que as registradas no ano anterior, conforme indicado no Boletim Agropecuário de fevereiro.
Produção de alho
Desde a safra 2018/2019, a área plantada com alho tem diminuído progressivamente em Santa Catarina. Os 994 hectares plantados na safra 2023/2024 representam aproximadamente 41,32% da área registrada em 2018/2019. Conforme Gugel, a baixa rentabilidade da cultura, nas últimas safras, tem desestimulado o plantio. Esse foi um dos motivos da redução na produção total, já que a área plantada teve uma diminuição maior do que o projetado inicialmente, o que foi agravado pelos problemas climáticos.v
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