Abrafrutas e Embrapa articulam parceria para pesquisa e desenvolvimento da fruticultura
A Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) realizou na quinta (13) a primeira de uma série de visitas e reuniões a seis Unidades da Embrapa que desenvolvem pesquisas com fruticultura.
O diretor executivo da entidade Eduardo Brandão iniciou a série de encontros pela Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE), onde foi recebido pelos gestores e pesquisadores especializados em coco, mangaba, citros e outras culturas de frutos. O chefe-geral interino Marcelo Fernandes apresentou a agenda de pesquisas da Unidade e detalhes do modelo de inovação aberta adotado na Embrapa.
A iniciativa tem como objetivo implementar uma ampla parceria de pesquisa e desenvolvimento, articulada junto à Diretoria-Executiva da Embrapa, para aumentar a competividade mundial da fruticultura brasileira, agregando valor, elevando a qualidade e o tempo de prateleira dos frutos, ampliando as exportações e gerando maiores ganhos para o setor e a sociedade brasileira.
Tudo isso é fruto da implementação do Plano Nacional de Desenvolvimento da Fruticultura (PNDF), lançado em 2018 pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que tem entre suas diretrizes a criação do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Fruticultura (Funfrut).
O fundo será lançado no final de março e terá a Abrafrutas como articuladora do setor produtivo e a Embrapa como instituição pública de pesquisa, com estabelecimento de parceria público-privada e canalização de recursos do setor para as pesquisas por meio de projetos co-financiados.
Para “não estragar as várias surpresas”, Brandão, em nome da Diretoria da Abrafrutas, preferiu não dar detalhes sobre volumes de recursos disponíveis, duração da iniciativa e outras especificações do fundo. “Tudo isso será detalhado na cerimônia de lançamento, que acontece dia 31 de março em Brasília”, garantiu.
Segundo o diretor, o principal foco das visitas às Unidades é conhecer mais profundamente suas agendas e planos de pesquisa em fruticultura e apresentar novas demandas do setor, que em 2019 atingiu 1 bilhão de dólares em exportações de frutos, abrindo novas fronteiras comerciais, que incluem a China, um mercado consumidor colossal. “Somente no ano passado conseguimos o feito de exportar o primeiro lote de frutas frescas para esse gigante asiático, e as possibilidades que se abrem são muito promissoras, mas precisamos de avanços nas pesquisas e no desenvolvimento de soluções, principalmente com foco na qualidade e no pós-colheita ”, revelou.
Além da Unidade sediada em Aracaju, a agenda de visitas inclui a Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro, RJ), Agroindústria Tropical (Fortaleza, CE), Amapá (Macapá, AP), Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA) e Semiárido (Petrolina, PE). “Isso não quer dizer que as parcerias serão firmadas apenas com essas Unidades. Esse foi apenas o ponto de partida com base no que a Abrafrutas já conhecia sobre a Embrapa e nos direcionamentos a partir das conversas com a Diretoria”, explicou.
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