Suinocultura independente: altas pontuais são registradas em algumas praças produtoras

Publicado em 11/11/2021 15:47
Ainda que tenha havido aumento de preço em alguns Estados, os custos de produção ainda são superiores ao valor pago pelos animais, dizem lideranças

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Nesta quinta-feira (11), as principais bolsas de suínos do mercado independente registraram alta nos preços. Entretanto, lideranças do setor pontuam que estes aumentos ainda são muito aquém dos custos de produção, e que a atividade ainda dá prejuízo. 

Em São Paulo o preço passou de R$ 6,56/kg vivo para R$ 7,20/kg vivo, segundo o presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), Valdomiro Ferreira. Ele explica que a semana foi de boas vendas no varejo, o que motivou o aumento do preço do animal abatido e, consequentemente, do animal vivo. 

"Apesar disso, com esse valor é possível comprar 1,6 sacas de milho, quando o ideal para a relação de troca é uma arroba suína comprar 2,5 sacas. Sendo assim, o prejuízo gerado pelo animal terminado é de cerca de R$ 90,00. Há a expectativa de realinhamento para as próximas semanas, já que estamos entrando na melhor época de consumod e carne suín", explicou.

No mercado mineiro, o valor subiu de R$ 7,00/kg para R$ 7,50/kg vivo, de acordo com informações da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg).

Segundo o consultor de mercado da entidade, Alvimar Jalles, o mercado de suínos em Minas Gerais continua muito demandado e nessa semana acompanhado de relatos de boa movimentação nas demais praças do Brasil.

"As nossas variáveis chave idade e o peso de venda dos animais nas granjas, e o menor estoque de animais disponíveis venda imediata seguem dando total sustentação ao reajuste de preços", disse.

Houve alta também em Santa Catarina, passando de R$ 6,34/kg para R$ 6,56/kg vivo, de acordo com o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio de Lorenzi. "O preço está começando a reagir, mas o custo não baixa, e ainda continuamos com prejuízo", afirmou.

No estado do Paraná, Considerando a média semanal (entre os dias 04/11/2021 a 10/11/2021), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve queda de 4,34%, fechando a semana em R$ 6,42.

"Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente queda, podendo ser cotado a R$ 6,30", informou o reporte do Lapesui.

O mercado gaúcho negocia os animais no mercado independente às sextas-feiras, e na última (5), o preço do animal vivo se manteve estável em R$ 6,24/kg. "A situação é preocupante. Se nessa sexta (12) o preço se mantiver, é motivo para soltar foguete", disse o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdeci Folador. 
 

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Por:
Letícia Guimarães
Fonte:
Notícias Agrícolas

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