Prosseguem as altas do frango vivo nos mercados paulista e mineiro
Ontem (7), no interior paulista, o frango vivo foi comercializado por R$5,50/kg, ou seja, com 10 centavos de acréscimo em relação ao valor obtido no último sábado (5). O reajuste alcançou, igualmente, o frango vivo mineiro. Mas, novamente, a correção obtida foi de apenas cinco centavos, o que levou a ave viva local ser negociada por R$5,00/kg.
Embora fossem prenunciados, os reajustes observados surpreenderam. Por terem ocorrido numa segunda-feira, dia da semana em que, normalmente, os abatedouros apenas avaliam a saída do frango abatido no final da semana, sem irem com ênfase às compras. Pelos resultados conclui-se não só que o mercado de abatidos caminha bem, mas também que a disponibilidade de aves vivas permanece ajustada.
Em São Paulo, este foi o segundo reajuste consecutivo do mês e faz com que o produto acumule ganho de 3,77% sobre o mesmo dia do mês anterior e de 57,14% sobre 7 de junho de 2020.
Notar, neste caso, que o índice anual vem decrescendo de forma significativa, pois apresenta redução de 25,62 pontos percentuais em relação ao que foi registrado 30 dias atrás (82,76% de incremento anual em 7 de junho passado).
O fato decorre da recuperação de preços obtida em 2020 após readequação da produção (forçada pela primeira onda pandêmica) e indica que, independentemente de novos reajustes, a queda anual irá se intensificar. Sem que, concomitantemente, haja qualquer tendência de redução dos custos de produção.
A mesma situação se aplica a Minas Gerais, que também obteve o segundo reajuste do mês, mas em dias de negócios alternados (sexta, 4; e ontem, 7) e agora registra alta mensal de 2,04% e anual de 42,86%.
À primeira vista, os dois mercados vêm apresentando comportamento similar. Mas, na realidade, paira grande diferença entre eles. Pois - lembrando que em fevereiro deste ano as duas praças operaram com o mesmo preço (R$4,50/kg) – em 10 reajustes o frango vivo do interior paulista chegou aos R$5,50/kg, visto que todas as alterações foram de 10 centavos cada. Já em Minas foram sete reajustes e apenas três de 10 centavos. Com isso, em cerca de quatro meses, o produto mineiro obtém valorização de 11%, enquanto em São Paulo ela chega ao dobro, pouco mais de 22%.
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