Governo do Estado renova convênio de R$ 1,7 mi para intensificar ações de defesa sanitária na avicultura

Publicado em 23/02/2017 17:04

Para intensificar as ações de defesa sanitária animal, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo renovou o convênio com a Associação Paulista de Avicultura (APA). Os trabalhos são executados em conjunto com a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Pasta, responsável por controlar as principais doenças que envolvem a avicultura, como a Influenza Aviária, Newcastle, Salmonelose e Micoplasmose. Com a renovação, que terá a validade de seis meses, a Secretaria repassará à APA o auxílio financeiro no valor de R$ 1,17 milhão.

A união entre o setor avícola e o Governo paulista estabelecida desde 2006 foi a grande responsável pela manutenção dos bons índices da avicultura no Estado. O convênio foi prorrogado para que São Paulo cumpra as exigências de controle sanitário animal estabelecidas pelo Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária (Fonesa) e pela nota técnica CSA nº 16, emitida pelo Departamento de Saúde Animal, ambos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) - depois que o Chile reportou dois casos de gripe aviária na produção de perus, em janeiro de 2017. Os registros foram na região de Valparaíso e o Brasil está na rota de aves migratórias.

São Paulo deverá registrar e fiscalizar mais de quatro mil estabelecimentos avícolas comerciais, dentre produtores de frango de corte, galinhas de ovos comerciais, codornas e aves ornamentais. O foco da continuidade do convênio está justamente voltado à implantação do registro desses estabelecimentos, visando à padronização de documentos e adequação estrutural às normas do Mapa por meio de assessorias a produtores.

De acordo com o coordenador da CDA, Fernando Gomes Buchala, o convênio visa integrar as atividades de vigilância sanitária entre o setor público e privado para apoiar as ações de monitoramento das doenças da avicultura no Estado de São Paulo. “A avicultura é uma atividade que tem sua particularidade. É um setor dinâmico, que demanda apoio para que nossas medidas não sejam limitadas apenas aos horários das repartições e escalas funcionais. Por isso, precisamos de suporte do setor privado para continuarmos sendo um País livre das enfermidades que não só causam prejuízo na saúde animal, mas também têm um impacto na saúde pública”, disse.

Para o presidente da APA, Érico Pozzer, o setor privado tem interesse em apoiar o Estado para garantir a segurança dos planteis paulistas. “Nós temos um corpo técnico que trabalha em conjunto com as regionais da Secretaria que podem atuar em horários alternativos para atender melhor os produtores”, disse, ressaltando que, nos últimos meses, cresceu acima de 10%o índice de mortalidade de frango nas granjas.

Em muitos casos, foi por queda de energia, além de outras adversidades que não representam necessariamente uma doença. Mas quando há um caso de morte de acima de 10% em uma granja, a Secretaria deve ser comunicada para que o técnico verifique o motivo. Então, essa equipe da Associação tem mais flexibilidade para agir e potencializa a rede de apoio.

O secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, destacou que a avicultura paulista é fundamental para o agronegócio brasileiro, sendo que São Paulo é o primeiro Estado produtor de ovos e o quarto de carne de frango no País, por isso, não deve baixar a guarda na questão sanitária. “A parceria entre os setores público e privado é ‘a chave do sucesso’ para questões como o desafio da produtividade e a abertura de mercado para o setor”, disse.

Arnaldo Jardim afirmou que o Governo paulista está empenhado em garantir a qualidade sanitária dos planteis. O Laboratório de Patologia Avícola do Instituto Biológico, em Descalvado, é o único no Estado de São Paulo e um dos poucos no Brasil que atesta sanidade de plantéis avícolas para as doenças de influenza aviária e laringotraqueíte, indispensável para o trânsito internacional com vista à exportação de material genético.

Cerca de 70% de todo o material genético de frangos e ovos férteis exportados por São Paulo são analisados no Instituto Biológico, que em 2015 realizou 33 mil procedimentos, sendo 18 mil análises de influenza aviária e 15 mil para laringotraqueíte.

“O governador Geraldo Alckmin valoriza e prestigia a avicultura. O nosso compromisso é com o desenvolvimento da agropecuária paulista, por meio dos institutos de pesquisa e da defesa agropecuária pela inovação. Acreditamos que o caminho para aumentar a produtividade de São Paulo e recuperarmos o crescimento do Brasil é levar o conhecimento e a inovação aos produtores, assim como garantir a segurança e a qualidade dos nossos produtos”, complementou o titular da Pasta estadual.

De acordo com o Instituto de Economia Agrícola (IEA), o Estado de São Paulo é o maior produtor de ovos do País, produzindo 1.057.616 mil dúzias em 2016. Já a produção de frango de corte foi de 646.443.408 toneladas e de galinha de postura foi de 49.016.300 toneladas.

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Fonte:
Sec. de Agricultura de SP

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