Suíno Vivo: Mercado tem nova semana de valorização em quase todas as praças de comercialização
Nesta sexta-feira (16), os preços para o suíno vivo registraram estabilidade. Apesar disso, a semana encerra com valorização em praticamente todas as praças de comercialização, diante de um movimento de recuperação do mercado. Mesmo com a demanda abaixo das expectativas, a baixa oferta de animais e as exportações têm dado ritmo aos preços.
O analista da Safras & Mercado, Allan Maia, coloca que explica que a procura pela proteína está aquecida, apesar de frigoríficos relataram que está abaixo do esperado. “As exportações seguem em bom ritmo e serão essenciais para a formação dos preços da carne suína nos próximos meses”, ressalta.
O Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) aponta que a recuperação continuou esta semana, não só nas granjas, mas também no atacado. “Segundo pesquisadores, os aumentos nos preços do vivo têm refletido a baixa oferta de animais bem como os reajustes da carne”, aponta o boletim.
Com isso, a semana foi de valorização em quase todas as praças, segundo aponta o levantamento semanal de preços realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes. A maior alta registrada ocorreu em Mato Grosso, que tem a referência em R$ 3,60 pelo quilo do vivo, após subir 4,96%.
No Rio Grande do Sul, a valorização foi de 2,44% na semana. Segundo aponta a pesquisa semanal de preços da ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul), a média paga aos independentes ficou em R$ 4,20/kg, com aumento de R$ 0,10. Já aos suinocultores integrados, a cotação média subiu para R$ 3,02 pelo quilo do vivo.
No estado catarinense, também foi registrada valorização de 2,44%. Segundo a ACCS (Associação Catarinense de Criadores de Suínos), as cotações tiveram alta de R$ 0,10, cotado a R$ 4,20 pelo quilo do vivo. Apesar do momento de reajustes, o mercado estava há quase quatro semanas sem mudanças de preços, segundo explica o presidente da ACCS, Losivânio de Lorenzi. "Ainda não atingimos sequer o patamar do início do ano, quando o valor pago pela indústria era de R$ 3,20 pelo quilo do suíno vivo".
Em São Paulo, a alta foi de 2,37%, com negócios entre R$ 87 a R$ 89/@ – valor equivalente a R$ 4,64 a R$ 4,75 pelo quilo do vivo. A APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos) aponta que vendas importantes ocorreram no estado. Em Holambra (SP) foram comercializados 880 animais a R$ 89/@, enquanto que em Presidente Prudente (SP) foram 600 suínos ao mesmo valor.
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Custos de Produção
Os custos de produção também tiveram melhora, segundo levantamento da Embrapa Suínos e Aves reportado na semana. O índice ICP/SuínoEmbrapa atingiu 223,21 pontos em novembro, anotando recuo de 2,85% na comparação com o mês anterior. Os dados de nutrição foram os que registraram maior queda no período, de 3,09%.
Porém, no ano os custos de produção acumulam alta de 10,05%, enquanto que nos últimos doze meses a valorização é de 8,97%. O cenário é reflexo da forte alta do milho no ano, devido à escassez do cereal no mercado interno influenciado pela alta do dólar – que favoreceu as exportações.
IBGE
Já o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) aponta que o abate de suínos atingiu o maior número desde o início da série histórica, em 1997. No terceiro trimestre do ano foram abatidos 10,57 milhões de cabeças, com alta de 1,38% no período anterior e valorização de 3,8% na comparação com 2015. São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso foram as regiões com maior participação.
Exportações
Os embarques registraram desempenho fraco no início de dezembro, segundo apontam as informações do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Em 7 dias úteis, foram exportados 11,1 mil toneladas de carne suína in natura, com média diária de 1,6 mil toneladas.
Na comparação com o desempenho por dia de novembro, há um recuo de 45,8%, enquanto que em relação ao mesmo período do ano passado, a queda é de 7,5%. Em receita, os embarques atingem US$ 25,7 milhões, com valor por tonelada em US$ 2.323,6.
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