Suíno Vivo: Mercado registra nova alta em MT, além de valorização nas integrações de SC nesta 5ª feira
Nesta quinta-feira (15), uma nova alta foi registrada para o suíno vivo, dando seguimento ao movimento de recuperação do mercado. Em Mato Grosso, as cotações subiram R$ 0,17 na semana, levando a referência da praça para R$ 3,60 pelo quilo do vivo. Além do estado, valorizações foram registradas nos últimos dias em São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
O presidente da ACCS (Associação Catarinense de Criadores de Suínos), Losivânio de Lorenzi, explica que além da recuperação no mercado independente, suinocultores integrados também receberam reajuste. A Cooperativa Central Aurora do estado registrou duas altas na semana, levando a referência em R$ 3,20/kg.
“A gente fica surpreso que na mesma semana há um reajuste de R$ 0,20 no preço pago ao produtor. Isso é muito bom, mas essa melhora poderia ter ocorrido um pouco antes para que o produtor pudesse sair do vermelho”, explica Lorenzi. Com isso, as expectativas para o início do ano são melhores ao setor, que enfrenta dificuldades há meses com a demanda por carnes retraída.
"Com esses reajustes de fim de ano, acreditamos que os preços permanecerão estáveis em janeiro, sem quedas na remuneração, pois é o período de renovação de estoques. Com os custos de produção em queda, os produtores devem se reestabelecer na atividade”, prevê o presidente da ACCS.
O Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) aponta que a recuperação continuou esta semana, não só nas granjas, mas também no atacado. “Segundo pesquisadores, os aumentos nos preços do vivo têm refletido a baixa oferta de animais bem como os reajustes da carne”, aponta o boletim.
O cenário é comprovado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que aponta que o abate de suínos atingiu o maior número desde o início da série histórica, em 1997. No terceiro trimestre do ano foram abatidos 10,57 milhões de cabeças, com alta de 1,38% no período anterior e valorização de 3,8% na comparação com 2015. São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso foram as regiões com maior participação.
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