Suíno Vivo: São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul voltam a registrar preços estáveis nesta 2ª feira
Nesta segunda-feira (17), as cotações para o suíno vivo voltaram a registrar estabilidade nas principais regiões. Novamente, as bolsas de São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina optaram pela manutenção das cotações, assim como nas semanas anteriores. No último mês, o mercado têm registrado dificuldades para reação de preços, devido a demanda enfraquecida no cenário doméstico.
Na praça paulista, a definição para os próximos dias seguiu entre R$ 77 e R$ 79/@, segundo divulgado pela APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos). O valor é equivalente a R$ 4,11 a R$ 4,21 pelo quilo do vivo. Além disto, houve uma maior procura no dia de hoje.
No Rio Grande do Sul, a pesquisa semanal da ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul) apontou que a média de preços pagos aos produtores independentes permanece em R$ 3,92/kg – o mesmo resultado das últimas 3 semanas. Aos integrados, a média é de R$ 2,96/kg.
Para os insumos, também houve estabilidade na média estadual em R$ 42,50 pela saca de milho e R$ 1400 pela tonelada de farelo de soja. Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o presidente da ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul) , Valdecir Folador, explica que mesmo com as perspectivas positivas para o período do ano, o mercado não tem apresentado reação.
Em Santa Catarina, a referência segue em R$ 3,90/kg, apesar de parte das regiões do estado registrar negócios abaixo deste valor – segundo informações da ACCS (Associação Catarinense de Criadores de Suínos). Além disto, há registro de um excedente de oferta por parte das agroindústrias, dificultando ainda mais a retomada de preços.
“Isso é muito preocupante porque mostra a instabilidade da suinocultura. O suinocultor já esgotou seus recursos para se manter na atividade. Os bancos não liberam mais linhas de créditos para que os produtores tenham uma sobrevida no campo. Há um desespero muito forte. A situação só não é pior porque as exportações estão boas”, lamenta o presidente, Losivânio de Lorenzi.
Exportações
Por outro lado, os dados parciais de exportações de carne suína in natura em outubro seguem registrando desempenho superior ao ano passado, segundo divulgou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Até a segunda semana do mês – num total de 9 dias úteis – foram embarcados 27,0 mil toneladas.
Com média diária de 3 mil toneladas, há um acréscimo de 43,4% na comparação com o volume por dia no mesmo período do ano passado e aumento de 0,1% na relação com setembro. Em receita, os dados apontam para US$ 64,4 milhões, com valor por tonelada em US$ 2.382,2.
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