Suíno Vivo: Cotações interrompem altas com queda de preços em SP e RS nesta 2ª feira
O mercado de suíno vivo voltou a registrar baixa de preços nesta segunda-feira (22). Em São Paulo e no Rio Grande do Sul, as referências para os próximos dias ficaram abaixo aos da semana anterior, interrompendo o movimento de recuperação registrado no mercado no último mês.
A bolsa de suínos paulista definiu negócios entre R$ 85,00 a R$ 87,00/@, o mesmo que R$ 4,53 a R$ 4,64 por quilo do animal vivo. A definição prévia estava em R$ 88 a R$ 90/@ – equivalente a R$ 4,69/kg e R$ 4,80/kg–, resultado de um período de negócios acima da referência do estado.
Em Rio Grande do Sul, a cotação média paga aos suinocultores independentes passa de R$ 4,10/kg para R$ 4,06/kg, segundo pesquisa realizada pela ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul). Já os integrados estão recebendo em média R$ 2,94/kg, uma alta de R$ 0,09 em comparação com a última divulgação.
Além disto, a cotação média para a saca de milho de 60 quilos também apresentou redução, diante do avanço da colheita da safrinha. Com isso, o preço pago no estado passa de R$ 48,66 por saca para R$ 46,66 nesta semana.
O analista da Safras & Mercado, Allan Maia, explica que o movimento de altas registrado no mercado poderia perder força nesta semana, com o período de diminuição do consumo na segunda quinzena do mês. O avanço das cotações das últimas semanas é resultado da redução da oferta de animais em grande parte das praças de comercialização.
Por outro lado, produtores podem ter alívio com os custos de produção, com a redução das cotações para insumos utilizados na ração. “Uma boa notícia na semana foi que os preços do milho seguiram baixando, o que sinaliza uma perspectiva de queda nos custos de produção da suinocultura”, afirma o analista.
Exportações
Os embarques de carne suína in natura continuam registrando bons resultados em agosto. Na parcial do mês, divulgada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), aponta que em 15 dias úteis foram exportados 42,1 mil toneladas.
Com média diária de 2,8 mil toneladas, o resultado chega a ser 40% a mais que o volume por dia de agosto de 2015 e 12,8% superior ao mês passado. Em receita, os embarques somam US$ 92,6 milhões, com valor por tonelada em US$ 2.198,4.
Para Allan Maia, se os resultados continuarem em bom ritmo, as exportações podem encerrar o mês com dados superiores ao mês anterior. “Caso esse ritmo seja mantido as exportações totais poderão ficar acima das 60 mil toneladas, superando as 58,6 mil toneladas registradas em julho”, projeta.
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