Suíno Vivo: Cotações encerram negativas em Minas Gerais e Paraná nesta 3ª feira

O mercado de suíno vivo segue com preços sob pressão nesta terça-feira (12). Em Minas Gerais e Paraná novas quedas de referências foram registradas, acompanhando outras regiões que já tiveram baixa de preços nesta semana – em São Paulo e no Rio Grande do Sul.

De acordo com informações da ASEMG (Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais) a bolsa de suínos definiu cotação em R$ 4,00/kg para os próximos dias, após uma negociação acirrada entre suinocultores e frigoríficos. Na semana anterior, o valor de referência estava em R$ 4,50/kg – porém sem acordo.

Segundo o presidente da ASEMG, Antonio Ferraz, a oferta de animais vinda de outros estados pressionou as cotações na praça de comercialização e a maior preocupação segue com os custos de produção, que está em R$ 4,80 /kg no estado. “Como nosso mercado sempre foi bom, o excesso de oferta o desequilibra. Mas, se antes estava em recuperação, agora voltamos ao vermelho”, sinaliza.

Já no Paraná, uma nova baixa de preços ocorreu, em que a bolsa de suínos definiu negócios em R$ 3,40 pelo quilo do vivo para a semana. A nova referência representa um recuo de R$ 0,16 nas cotações.

Após a baixa de preços em São Paulo no início desta semana, o mercado segue desequilibrado, segundo informações da APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos). “Está passando da hora de recuperação nos preços. A permanência do atual quadro levará o setor primário da cadeia produtiva da carne suína a atingir uma verdadeira ‘quebradeira’”, afirma o presidente da associação em nota, Valdomiro Ferreira.

Cenário externo

A ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) projeta que as exportações de carne de suína devem ter alta de 28% em relação a 2015, segundo explica à agência de notícias Reuters. O crescimento está ligado a demanda pela proteína da China e da Rússia.

Além disso, há a projeção de que a produção deve encerrar o ano com estabilidade, em 3,64 milhões de toneladas. O cenário se deve as margens apertadas do setor.

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