Suíno Vivo: Mercado encerra mais uma semana com desvalorização de preços
Nesta sexta-feira (23), as cotações para o suíno vivo apresentaram mais desvalorizações e voltam a encerrar a semana em baixa. A Bolsa de Suínos de Santa Catarina definiu um novo valor, que passa de R$ 4,00/kg para R$ 3,80/kg. Com isso, a praça acompanha as baixas registradas em Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso e São Paulo.
De acordo com informações do Cepea, a demanda mais fraca é responsável pelas quedas de preços registradas nas últimas semanas. “Pesquisadores do Cepea indicam que o principal motivo é a demanda doméstica enfraquecida, diante dos elevados patamares de preços – vale lembrar que as cotações da carne suína subiram com força entre agosto e setembro. Diante das quedas no atacado, por sua vez, frigoríficos pressionam os valores pagos ao produtor”, explica o boletim.
Segundo o presidente da APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos), Valdomiro Ferreira, a situação era esperada pelo setor, devido a crise econômica do país, o que interfere diretamente no consumo de carnes. As projeções para novembro também são pessimistas. Já o presidente da Acsurs (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul), Valdecir Folador, aponta que o mercado acreditava em uma melhora no consumo da proteína nestes três últimos meses do ano.
» Assista na íntegra a entrevista com o presidente da APCS, Valdomiro Ferreira
» Assista na íntegra a entrevista com o presidente da Acsurs, Valdecir Folador
De acordo com levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, a praça que mais apresentou desvalorização foi Mato Grosso, com queda de 2,50% e o vivo valendo R$ 3,51/kg. No Paraná, a redução foi de 2,26%, com negócios a R$ 4,32/kg.
Em São Paulo, a redução foi de 2,21%, visto que a Bolsa de Suínos de São Paulo definiu a referência entre R$ 81 e R$ 83/@ - o equivalente a R$ 4,32 a 4,43/Kg. Já a pesquisa semanal realizada pela Acsurs apontou para uma baixa no valor médio pago aos produtores independentes de 1,22%. Com isso, a referência passa de R$ 4,10/kg para R$ 4,05/kg. Veja no gráfico:
Custos de Produção
Outro motivo de preocupação para o setor é a alta nos custos de produção, que tem tirado margem dos suinocultores. Segundo a Embrapa Suínos e Aves, o ICPSuíno/Embrapa encerrou setembro com o maior valor registrado na série histórica da instituição, com 195 pontos.
» Embrapa: índices de custos de produção de suínos e frangos de corte são recorde em setembro
O número é superior em 4,11% aos custos de produção de agosto, que já havia apresentado recorde. No acumulado do ano, o aumento é de 11,53%. A nutrição é o fator que mais influenciou o resultado, com uma alta de 3,96% em relação ao mês anterior.
Exportações
Na última segunda-feira (19), foram divulgados números de embarques pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) até a terceira semana de outubro. Em volume, chegam a 27,2 mil toneladas, com média diária 2,5 mil toneladas. Em receita chega a US$ 62,4 milhões, coma tonelada valendo US$ 2.290,4.
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