Frango Vivo: Semana encerra com preços estáveis e expectativas de exportações recordes
Nesta sexta-feira (31), os preços para o frango vivo encerraram mais uma vez em campo estável. Apesar da estabilidade nas cotações nos últimos dias, no acumulado do mês o resultado é positivo. Segundo informações divulgadas pelo Cepea, o preço do vivo encerrou em alta, incentivados principalmente pelo bom desempenho nas exportações que escoou o excesso de oferta no mercado interno.
No balanço semanal realizado pelo Notícias Agrícolas, apenas duas praças apresentaram queda nos preços praticados. Em Maringá, no Paraná, as cotações recuaram 0,88% e o quilo do vivo passou a ser negociado a R$ R$ 2,25. No Sul Catarinense, a baixa foi de 0,95%, com a o vivo valendo R$ 2,08/kg.
No começo do ano, a proteína vinha enfrentando dificuldades de comercialização, o que resultou num acumulo da produção em diversas regiões produtoras. Mas o cenário parece ter mudado, visto que a demanda segue aquecida e têm sido a alternativa dos consumidores para enfrentar o momento de recessão. Segundo a Scot Consultoria, a carne de frango ficou mais competitiva nos últimos doze meses, o que justifica a preferência. Enquanto a carne bovina teve uma valorização de 26,1% no atacado e 14,1% no varejo, o frango ficou abaixo desta média, com crescimento de 10,6% no atacado e 11,2% no varejo.
Exportações
Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Inglesias, nos últimos dois meses as exportações da proteína vêm apresentando volumes recordes. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgados na última segunda-feira (27), referentes até a quarta semana de julho, apontam para 325,8 mil toneladas, com média diária de 18,1 mil toneladas. Os números representam aumento de 2,4% em relação a junho deste ano e 23,5% em comparação com julho de 2014. Caso se concretize, os embarques devem romper as 400 mil toneladas, recorde histórico.
Já em receita, o desempenho não foi tão positivo, quando comparado com o mês passado. O acumulado aponta para US$ 539,7 milhões, queda de 0,7% em relação a junho e aumento de 3,4% a julho de 2014. O preço por tonelada também cedeu, ficando em US$ 1.656,4 por tonelada, redução de 3% em comparação ao mês anterior e queda de 16,3% em relação a julho do ano passado.
O bom desempenho tem relação com com os casos de influenza aviária, que já foram registrados em mais de 35 países. Os Estados Unidos, principal mercado concorrente, é o mais afetado e já apresenta queda nos embarques da proteína. Por o Brasil ser um grande produtor e ter a preocupação com a sanidade animal - sem ter registrado nenhum caso da doença - torna-o mais capacitado para atender a demanda.
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