Suíno Vivo: Semana encerra com preços firmes em grande parte das praças e boas perspectivas para as exportações
Nesta sexta-feira (24), as cotações para o suíno vivo fecharam a semana estáveis em boa parte das praças de comercialização. Segundo levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas, apenas o Paraná teve um reajuste negativo de 3,73%, levando a referência aos produtores independentes a R$ 3,10 pelo quilo do vivo. As demais regiões fizeram a manutenção dos preços, com Minas Gerais e Goiás mantendo o maior patamar de preços, a R$ 3,70/kg. No estado paulista, a Bolsa de Suínos de São Paulo "Mezo Wolters" fechou a referência em R$ R$ 65,00 a R$ 66,00/@, preços equivalentes a R$ 3,47 e R$ 3,52/kg vivo.
Segundo informações do Cepea, a carne suína foi a única proteína a manter preços firmes no decorrer de julho, visto que carnes concorrentes, como frango e o boi, apresentaram desvalorização no mês. O cenário se deve ao bom desempenho nas exportações, que serviu para enxugar a oferta de animais no mercado interno.
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Exportações
Até a terceira semana de julho, num total de treze dias úteis, foram embarcados 30,7 mil toneladas de carne suína in natura, com média diária de 2,4 mil toneladas, segundo dados da Secretária de Comércio Exterior (Secex). Os números representam um acréscimo de 22,1% em comparação com junho deste ano. Em receita, também houve crescimento em relação ao mês anterior. O acumulado aponta para US$ 83,1 milhões, com média diária de US$ 6,4 milhões, um acréscimo de 21,6%.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) acredita no aumento das exportações neste segundo semestre, visto que é período de abastecimento para o período de festas de final de ano. Além disso, a Rússia continua mantendo um bom ritmo de compras, com crescimento de 15,5% em relação ao ano anterior, ainda um reflexo do embargo aos Estados Unidos, Canadá e União Europeia. "Os preços internacionais caíram, mas no segundo semestre veremos uma retomada com aumento nas exportações para a Rússia e a recente abertura para o Japão e África do Sul", afirma o diretor técnico do segmento de suínos da ABPA, Jurandir Soares.
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Além disto, foram divulgadas estimativas pelo Rabobank que apontam um otimismo para a situação da proteína no Brasil. Segundo o banco, a China poderá expandir as compras da carne brasileira ainda neste segundo semestre e em 2016. O cenário se deve ao aumento de abates nos últimos 18 meses, resultando redução na oferta de animais e valorização dos preços no país asiático.
Confira como fecharam os preços nas principais praças nesta sexta-feira (24):
Estado | Preço Máximo (R$/kg vivo) | Variação (%) |
---|---|---|
VER HISTÓRICOFechamento: 24/07/2015 | ||
Santa Catarina | 3,20 | 0,00 |
Paraná | 3,10 | 0,00 |
Rio Grande do Sul | 3,14 | 0,00 |
São Paulo | 3,52 | 0,00 |
Mato Grosso | 2,85 | 0,00 |
Goias | 3,70 | 0,00 |
Minas Gerais | 3,70 | 0,00 |
BRF/SC* | 2,80 | 0,00 |
Aurora/SC* | 2,90 | 0,00 |
Pamplona/SC* | 2,80 | 0,00 |
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