Clima: Plantio atrasado no Centro-Oeste com baixa disponibilidade no solo e altas temperaturas; boas chuvas na próxima semana
A disponibilidade de água no solo estava próxima de 40 milímetros na maioria das regiões do Centro-Oeste do Brasil de 12 a 16 de outubro, de acordo mapa da Agritempo, do Cepagri/Unicamp e Embrapa. (Veja o mapa abaixo) O calor forte impressiona na região, com informações de até 40ºC em algumas cidades, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). Essas condições têm limitado o plantio da safra 2017/18 de soja do Brasil e milho, que tem área reduzida nesta temporada.
Conforme explica o engenheiro agronômo Dirceu Gassen, o volume de disponibilidade registrado é considerado baixo para essa época do ano e duraria apenas cerca de 5 dias levando em conta que evaporação diária de água em meio as altas temperaturas é de 7 a 10 mm diários. "Essa é a maior preocupação", pontua o especialista.
Veja o mapa com disponibilidade de água no solo em todo o Brasil de 12/10 a 16/10:
De acordo com o Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária), o plantio no estado está em 14,4% da área total. No mesmo período do ano passado, esse percentual passava dos 30%. O Inmet alerta que somente a partir do dia 23 deve iniciar o padrão mais chuvoso no Brasil favorável ao plantio. Pelo menos até o próximo dia 10 de novembro, como aponta o modelo americano, o clima não deverá retornar para o padrão seco. As previsões estendidas ainda podem ser atualizadas. Produtores e internautas, inclusive, já têm relatado chuvas no estado. Mas elas ainda não serão tão volumosas. (Veja o mapa abaixo)
"O atraso no plantio é a grande preocupação do momento, pois pode impactar na perda da janela ideal para o plantio da segunda safra. Isso é preocupante porque o milho é importante na composição da rentabilidade da propriedade", disse Endrigo Dalcin, presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), ao site Só Notícias.
Na região de Sinop (MT), importante produtora no estado, a semeadura chega a 15%, contra 70% registrado no mesmo período do ano passado. O presidente do sindicato rural da localidade, Antônio Galvan, destaca que as chuvas permanecem irregulares e não há umidade suficiente no solo para o cultivo da oleaginosa. Na última noite, choveu cerca de 5mm a 10mm, o que não oferece umidade suficiente para as sementes que estão "plantadas no pó" germinarem. Isso poderá ocasionar o replantio em algumas áreas.
Veja o mapa com a previsão de precipitação acumulada para até 72 horas (18/10 a 24/10) para o todo do Brasil:
Fonte: Inmet
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