Chuvas devem dar uma trégua para a produção agrícola argentina, mas a falta de água também preocupa
Neste mês, as chuvas devem dar uma trégua na Argentina. Para o meteorologista Leonardo de Benedictis, o mês atual terá precipitações com volumes abaixo dos níveis normais. Para os primeiros meses de verão, ele espera que haja condições próximas à neutralidade.
Segundo Benedictis, os indícios de um eventual La Niña ainda são incipientes e, se o fenômeno chegar, ele virá em uma época tardia. As chuvas de verão podem ser bastante variáveis e responder a fatores distintos da temperatura do Pacífico. Um desses fatores é o aquecimento do Oceano Atlântico, que está na altura da região dos Pampas e que vem sendo responsável por muitas das chuvas de inverno.
"Hoje todos estamos preocupados por conta dos excessos hídricos, mas deveríamos também nos preocupar com a situação contrária, ou seja, com a falta de água", destaca o consultor Eduardo Sierra. O especialista observa um resfriamento progressivo do Oceano Pacífico provocado por ventos Alísios fortes, o que poderia gerar um La Niña entre o final do verão e o início do outono, com possibilidade de um ano seco depois.
Antes deste momento, Sierra prevê uma primavera com chuvas por volta da média, um verão com registros levemente inferiores aos normais e um outono com chuvas moderadamente abaixo da média. Depois, a mudança de fase poderia ocorrer, com clima mais seco em 2018.
Tradução: Izadora Pimenta
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