Exportação de carnes da Aurora cresce 18% no 1º semestre de 2021; vê alta para o ano
SÃO PAULO (Reuters) - As exportações de carnes e derivados da Aurora Alimentos atingiram 291,5 mil toneladas no primeiro semestre deste ano, um crescimento de 18% ante o mesmo período de 2020, informou a companhia nesta quarta-feira, com expectativas positivas para o decorrer de 2021.
Do volume total embarcado, 55% foi composto por frango e 45% de suíno, disse em nota a empresa que é a terceira maior do país no processamento das duas proteínas.
As receitas com as exportações do semestre renderam 667,8 milhões de dólares, alta de 23% no comparativo anual. As vendas de carne de frango contribuíram com 40% para esse resultado e, as carnes suínas, com 60%.
"As vendas de carnes suínas no mercado externo ainda se beneficiam dos influxos da demanda chinesa que se manteve forte. O surgimento de novos focos de peste suína na China, Rússia e outros países asiáticos, principalmente, contribuiu para o escoamento da produção", afirmou a Aurora.
A China é o principal comprador, seguida por Hong Kong, Chile, Estados Unidos e Japão.
Os principais produtos suínos exportados pela companhia foram pernil, lombo, carré, paleta, barriga, costela e demais cortes/miúdos.
No segmento de aves, a Aurora disse que o mercado foi impactado pela mudança da sazonalidade climática --com a chegada do verão no Hemisfério Norte-- associado ao surgimento de focos de gripe aviária na Europa e na Ásia.
"Esses fatores favoreceram o esforço de busca de recuperação de preços e as exportações brasileiras de frango."
Os cortes mais embarcados foram coxas e sobrecoxas, peito, asas e demais cortes/miúdos, tendo como principais destinos China, Japão, Emirados Árabes, Filipinas, Rússia e Coreia do Sul.
O diretor comercial da Aurora, Leomar Somensi, considerou muito positivo o balanço das exportações do primeiro semestre, "apesar dos elevados custos dos insumos (milho e farelo de soja) e do protecionismo de alguns mercados".
PROJEÇÕES
Com base no cenário positivo dos primeiros seis meses de 2021, as expectativas para o segundo semestre são otimistas.
"Há sólidas previsões de aumento do consumo decorrente do avanço da vacinação (contra a Covid-19) e da retomada gradual do turismo. Os custos de produção, contudo, irão se manter elevados, pressionando a reposição dos preços e a retração das margens", disse o diretor no comunicado.
O presidente da Aurora, Neivor Canton, prevê que, mantidos os volumes médios mensais faturados até o momento, a expectativa é encerrar 2021 com um crescimento de 15% no negócio de aves em faturamento, sendo 24% de alta no mercado externo e 3,3% no interno.
Em suínos, a previsão é finalizar o ano com avanço de 20% em faturamento, sendo 40% de acréscimo no mercado externo e 6% no mercado interno.
A companhia não detalhou os valores que podem ser alcançados no ano com o aumento nas receitas.
(Por Nayara Figueiredo)
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