Alívio: Áreas de arábica têm o maior volume de chuva para janeiro dos últimos 6 seis anos
Ainda é cedo para "bater o martelo" no potencial da safra de café arábica do Brasil em 2023, mas fato é que as chuvas neste começo de ano estão mais favoráveis para o desenvolvimento dos frutos nas principais áreas de produção do país. Depois de sentir os impactos das condições climáticas adversas por mais de dois anos, o que também resultou em duas safras frustradas, o produtor viu nas últimas semanas os volumes ficarem acima da média esperada para o mês de janeiro.
De acordo com dados coletados nas estações meteorológicas do sistema Sismet da Cooperativa Cooperativa dos Cafeicultores de Guaxupé, o volume nas estações de Minas Gerais são superiores ao registrado nos últimos seis anos. O mapa do mês de janeiro ainda não está disponível, mas os dados diários já mostram a chuva acima do histórico mensal nas principais áreas de produção do país.
Nas 12 estações meteorológicas do Sismet, referente ao Sul de Minas Gerais e ao Cerrado Mineiro, apenas em Monte Carmelo e em São Pedro da União os volumes ainda não estão acima do histórico mensal.
Na região de Alfenas, por exemplo, as chuvas já estão 42% acima da média esperada. Em Nova Resende o volume já é 30% a mais do esperado na região da Serra do Salitre, o volume é ainda mais significativo, com 87% acima do histórico mensal. Veja os dados disponíveis até esta quarta-feira (25):
Veja também os dados registrados em janeiro de 2022 no Sul de Minas e no Cerrado Mineiro:
Os dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) também confirmam as chuvas acima da média climatológica esperada para o estado. Veja a média de chuva esperada para o mês:
EXCESSO DE CHUVA JÁ ATRAPALHA?
Alysson Fagundes, engenheiro agrônomo e pesquisador da Fundação Procafé, confirma as boas chuvas nas lavouras, levando alívio ao produtor após longo período de estiagem. O especialista comenta ainda que a chuva sem pausa pode ter atrasado as aplicações para alguns produtores, mas que o cenário ainda não é de grandes preocupações.
"Atrasa as aplicações de campo, cria alguns problemas, nada significativo", comenta. Já com relação à queda de chumbinho, sendo relatada por alguns produtores, o especialista acrescenta que o cenário fica dentro do que já era esperado pelo setor produtivo. "Está acontecendo de forma normal, ano após ano e não tem nada a ver com as chuvas das últimas semanas.
Produtores e consultores afirmam que é preciso esperar mais algumas semanas para se ter uma visão mais realista do potencial da safra deste ano. Mas é importante ressaltar que o 1º Levantamento da Safra de Café 2023, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado na semana passada, apontou que a safra de arábica é estimada em 37,43 milhões de sacas. Se confirmado, o volume será 14,4% superior ao volume de 2022.
“De maneira geral, há um aumento na área total do país em produção em relação ao ciclo passado, bem como uma estimativa de incremento na produtividade média, impulsionado, particularmente, pelos rendimentos médios esperados em Minas Gerais, São Paulo e Paraná”, explicou o superintendente substituto de Informações da Agropecuária, Rodrigo Souza.
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