Café tem semana de pressão, de olho na Covid, guerra e termina na casa dos 210 cents/lbp

Publicado em 06/05/2022 17:23
Em Londres, conilon reagiu ao custo de produção e também terminou a semana com baixas

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O mercado futuro do café arábica encerrou a semana com forte recuo para os preços na Bolsa de Nova York (ICE Future US). A preocupação com a demanda voltou a pesar e as cotações tiveram mais de 600 pontos, o equivalente a 3,13%, nesta sexta-feira (6), levando os preços aos patamares de 210 cents/lbp. 

Julho/22 teve queda de 680 pontos, valendo 210,45 cents/lbp, setembro/22 teve desvalorização de 675 pontos, cotado por 210,45 cents/lbp, dezembro/22 teve baixa de 665 pontos, cotado por 210,10 cents/lbp e março/23 registrou queda de 660 pontos, cotado por 209,35 cents/lbp. No acumulado semanal o contrato referência, julho/22, recuou 2,52% no exterior. 

O mercado segue com fundamentos sólidos para os preços, de acordo com analistas ouvidos pelo Notícias Agrícolas, mas os fatores externos continuam influenciando nos preços. Nesta sexta-feira (6) a pressão veio da China, que manteve sua posição de restrições diante de novos casos da Covid-19. 

"O governo chinês disse na sexta-feira que continuaria com seus rigorosos bloqueios pandêmicos em Xangai e Pequim, que manterão restaurantes e cafés fechados e reduzirão o consumo de café na China", destacou a análise internacional do site Barchart. 

Além disso, também continua pesando para o café os impasses entre Rússia e Ucrânia, que sem o cessar-fogo aumentam as preocupações com a demanda do produto. Os dois países juntos consomem uma média de 6 milhões de sacas de café por ano. A logística também continua no radar do mercado que espera pelos números dos embarques do Brasil. 

Com fundamentos sólidos para valorização, mas muitos fatores externos influenciando nos preços, o mercado de café ganha um novo ingrediente na formação dos preços nas próximas semanas. De acordo com análise divulgada nesta sexta-feira (6) pela consultoria StoneX, assinada por Fernando Maximiliano, a tendência ainda é de muita volatilidade no mercado de café sobretudo pelos números divergentes referentes à produção brasileira. 

Para o café conilon, a preocupação vem com o alto custo de produção no Vietnã. De acordo com o Barchart, a Associação de Café e Cacau do Vietnã alertou que o alto custo dos fertilizantes podem forçar os produtores a reduzir os tratos no parque cafeeiro, podendo gerar uma queda de 10% na próxima safra. O alerta também é válida para o cacau. 

No Brasil, o mercado físico acompanhou o exterior e também teve queda nas principais comercialização do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 1,95% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.260,00, Poços de Caldas/MG teve baixa de 0,78%, valendo R$ 1.280,00, Patrocínio/MG teve queda de 2,73%, cotado por R$ 1.245,00, Araguarí/MG teve baixa de 1,97%, negociado por R$ 1.245,00, Varginha/MG registrou queda de 1,56%, valendo R$ 1.260,00, Campos Gerais/MG teve queda de 3,05%, negociado por R$ 1.270,00 e Franca/SP teve baixa de 2,31%, valendo R$ 1.270,00. 

O tipo cereja descascado teve queda de 1,87% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.310,00, Poços de Caldas/MG teve baixa de 0,71%, valendo R$ 1.390,00, Patrocínio/MG teve queda de 1,92%, cotado por R$ 1.280,00, Varginha/MG teve baixa de 2,24%, valendo R$ 1.310,00 e Campos Gerais/MG registrou queda de 2,92%, cotado por R$ 1.330,00. 

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Por:
Virgínia Alves
Fonte:
Notícias Agrícolas

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