Café: Bolsa de Nova York volta a cair nesta 3ª após reação pela manhã e se reaproxima das mínimas de 2006

Publicado em 18/09/2018 12:57

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Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) voltaram a recuar nesta tarde de terça-feira (18). O mercado externo do grão passou para o lado vermelho da tabela, depois de testar reação em ajustes no início dos trabalhos, com suporte do câmbio e fatores técnicos. Essa já é quarta baixa seguida.

Às 12h48 (horário de Brasília), o contrato dezembro/18 tinha queda de 185 pontos, a 985,45 cents/lb, enquanto o março/19 anotava 98,85 cents/lb com recuo de 190 pontos. Já o maio/19 caía 190 pontos, valendo 101,30 cents/lb e o julho/19 trabalhava com desvalorização de 190 pontos, a 103,70 cents/lb.

O mercado externo do arábica volta a se aproximar das mínimas de 2006 com nova pressão do câmbio. O dólar mais alto tende a encorajar as exportações da commodity, mas em compensação pressiona os preços. As expectativas de ampla oferta global com a safra 2018/19 do Brasil também dá pressão ao mercado.

"... Aproveitando a escalada histórica do dólar frente ao real justamente na entrada no mercado da safra recorde de café do Brasil, maior produtor e exportador de café do mundo, operadores e especuladores pressionaram ainda mais os contratos de café na ICE Futures US e conseguiram jogar a cotação de dezembro próximo para baixo de um dólar por libra peso", disse o Escritório Carvalhaes.

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou nesta terça em 3º levantamento da safra 2018 de café que a produção do Brasil nesta temporada deve totalizar 59,9 milhões de sacas beneficiadas de 60 kg com um crescimento de 33,2% ante a safra anterior. Esse é a maior produção da sua história.

Leia mais:
» Conab confirma: Brasil terá a maior produção de café da história com quase 60 milhões de sacas

Por volta das 11h55, o dólar comercial subia 0,42%, cotado a R$ 4,1427 na venda, em movimento de correção após o forte recuo na véspera e enquanto investidores aguardam novas pesquisas de intenção de voto para a Presidência. As informações são da Reuters.

No Brasil, no último fechamento, o tipo 6 duro era negociado a R$ 420,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP), em Guaxupé (MG) os preços estavam cotados a R$ 416,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estavam valendo R$ 409,00 a saca.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • marcos vinicius de souza Manhuaçu - MG

    Sinceramente , com o preço dos fertilizantes nas alturas e o café batendo nas mínimas, eu que sempre fui apaixonado por café, estou pensando seriamente em mudar de ramo, nos últimos 25 anos o café só teve preço compensatório em 5 anos , ou seja nos últimos 25 anos , trabalhei 20 no prejuízo e um dia a gente cansa.

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    • victor angelo p ferreira victorvapf nepomuceno - MG

      Se ninguém comprar fertilizantes, a produção diminuirá, provocando uma valorização do produto num ponto tal que compensará esta atitude... A campanha então é não comprar pra que aconteça esta valorização... No momento não vejo outra alternativa para defender uma possível valorização que nos proteja de abandonar esta bi-centenária atividade...

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    • victor angelo p ferreira victorvapf nepomuceno - MG

      Vamos procurar outro tipo de adubo para o café para ele se livrar desta terrível doença que é a dependência química... Pó de rocha, esterco de galinha, de vaca, etc e tal, sei lá...

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Sr. Victor, a academia que estuda a química dos solos tem como padrão para a CTC (Capacidade de Troca de Cátions) os percentuais dos macros nutrientes nessa relação: Calcio (Ca) 65%, Magnésio (Mg) 20%, Potássio (K) 5%. Os outros cátions, Hidrogênio (H) e Alumínio (Al) atuam diretamente no pH do solo.

      Mas vamos no "arroz e feijão": Para um solo ser considerado bom existem "n" parâmetros que englobam propriedade físicas e químicas, mas nada de propriedades biológicas.

      Para adubar um solo biologicamente são necessários calcário, palha e fosforo. Esse fosforo deve ser aplicado usando como fonte um fosfato natural, que deve ser abundante na sua região. As quantidades a serem aplicadas não são as mesmas recomendadas para as correções de pH, ou níveis de fosforo no solo, pois, nesse caso, você está "alimentando" microrganismos. Faça testes de metade da dose recomendada e, nas outras parcelas diminuindo a dose em 10% em cada parcela. Aí você vai "enxergar" o melhor resultado obtido.

      Após a aplicação, efetuar uma incorporação a uma profundidade de 8 a 10 cm e, deixar a natureza trabalhar. Com um detalhe, ela não nos cobra valores monetários, ou seja, trabalha de graça. Você vai observar que nos locais onde foi feito a aplicação o solo vai, após um tempo da decomposição da palha, apresentar a formação de grumos. Isso é o sinal que os microrganismos benéficos estão em plena atividade e, esse solo vai ter sustentabilidade na produção e, vários outros parâmetros desejados por todo produtor agrícola.

      Sou um entusiasta das práticas sustentáveis e, um dos livros que vem de encontro a essa tese é "Manejo Ecológico do Solo: a Agricultura em Regiões Tropicais" de Ana Primavesi, publicado por Editora NOBEL.

      Você pode ler esse livro (gratuitamente) no link .... https://www.livrebooks.com.br/livros/manejo-ecologico-do-solo-a-agricultura-em-regioes-tropicais-a-primavesi-dho2zldeskec/baixar-ebook

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    • Ferreira Victor Belo Horizonte - MG

      Obrigado Sr Paulo pela aula.... lerei o livro recomendado...abrs

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