Café: Bolsa de Nova York sobe pela terceira sessão seguida com temores de florada antecipada no BR nesta 3ª

Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta terça-feira (07) com leve alta. O mercado externo do grão se acomoda tecnicamente depois de quedas seguidas na semana passada e operadores também repercutem as chuvas no Brasil. Esse é terceiro avanço seguido.

O vencimento setembro/18 encerrou a sessão com alta de 100 pontos, cotado a 108,75 cents/lb e o dezembro/18 registrou 112,00 cents/lb com avanço de 90 pontos. Já o contrato março/18 anotou 115,50 cents/lb com valorização de 90 pontos e o maio/19, mais distante, teve avanço de 90 pontos, cotado a 117,90 cents/lb.

Depois de cair abaixo de 1,07 por libra-peso na semana passada e acumular baixa de mais de 2%, o mercado externo do arábica testou ajustes nos últimos dias. Além disso, segundo agências internacionais, o mercado também teve suporte durante o dia de informações sobre o tempo no cinturão produtivo de café do Brasil.

"Essa é a estação seca. Você não deveria ter chuva agora", disse para a Reuters internacional Shawn Hackett, presidente da Hackett Financial Advisors. As preocupações com chuvas neste momento ocorrem porque o café poderia ter uma florada antecipada com mais umidade, reduzindo o potencial produtivo da próxima temporada.

O último levantamento da consultoria Safras & Mercado aponta que os trabalhos de colheita no país estavam em 68% até o dia 24 de julho. As chuvas em áreas produtoras de café nesses últimos, no entanto, devem prejudicar a finalização da colheita. A atualização desses números deve ser divulgada no início desta semana pela empresa.

Em parte do dia, o câmbio chegou a dar suporte aos preços do arábica, mas acabou o dólar acabou fechando o dia em baixa. A divisa avançou 0,98% no dia, cotada a R$ 3,7671 na venda, com cautela diante da cena política local. As oscilações na moeda estrangeira impactam diretamente as exportações da commodity pelo Brasil.

Mercado interno

Os negócios com café no mercado brasileiro seguem lentos neste início de semana com poucas oscilações positivas nos preços. Segundo o Escritório Carvalhaes, o “mantra” diário dos operadores internacionais com a safra recorde brasileira, que está em plena colheita, pressiona as cotações e contribuiu para que a semana passada fosse mais uma com poucos negócios fechados.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) com saca cotada a R$ 480,00 e queda de 2,13%. A maior variação no dia ocorreu em Patrocínio (MG) com queda de 4,40% e saca a R$ 475,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca cotada a R$ 455,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com alta de 0,93% e saca a R$ 433,00.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 445,00 e alta de 2,30%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.

Na segunda-feira (06), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 421,53 e alta de 0,35%.

» Clique e veja as cotações completas de café