Café: Bolsa de Nova York sobe 100 pts na sessão desta 2ª feira em ajustes e com cobertura de posições
Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta segunda-feira (06) com alta próxima de 100 pontos. O mercado externo do grão se acomoda tecnicamente depois das perdas acumuladas de mais de 2% na semana passada e registrou coberturas de posição. Apesar do avanço, analistas ainda não consideram uma reversão de tendência.
O vencimento setembro/18 encerrou a sessão com alta de 100 pontos, cotado a 108,75 cents/lb e o dezembro/18 registrou 112,00 cents/lb com avanço de 90 pontos. Já o contrato março/18 anotou 115,50 cents/lb com valorização de 90 pontos e o maio/19, mais distante, teve avanço de 90 pontos, cotado a 117,90 cents/lb. Essa é a segunda alta seguida.
O mercado do arábica testou alta nesta segunda e estendeu os ganhos da última sexta-feira (03) depois de cair mais de 2% na semana passada e chegar ao patamar de 1,07 por libra-peso no vencimento referência. Apesar do avanço técnico nas últimas duas sessões, no entanto, analistas ainda não consideram o avanço uma reversão de tendência, já que a safra brasileira segue em foco.
"As ideias de alta produção no Brasil e Vietnã estão mantendo os futuros sob pressão de venda. Lavouras de arábica no Brasil estavam começando a mostrar estresse, devido à falta de chuva nos últimos meses e tempo ficará seco novamente no restante da semana", disse em relatório nesta segunda o analista e vice-presidente da Price Futures Gruop. Jack Scoville.
A previsão do tempo aponta que os próximos dias devem ser marcados por chuvas em boa parte do cinturão produtivo de café do Brasil. Por um lado, essa condição tende a amenizar as preocupações dos produtores com a próxima safra, já que plantações começavam a sentir os reflexos do tempo seco em áreas produtoras nas últimas semanas. A umidade, no entanto, pode atrapalhar o fim da colheita.
Segundo levantamento da Cooxupé (Cooperativa dos Cafeicultores de Guaxupé), a colheita do café dos seus cooperados alcançaram 65,12% do total até 27 de julho, ante 55,73% na semana anterior. Apesar do avanço por conta do tempo seco, os trabalhos no campo ainda seguem atrasados em relação aos últimos anos no país.
Já em todo o país, a consultoria Safras & Mercado aponta que os trabalhos de colheita no campo estavam em 68% até o dia 24 de julho. Os trabalhos avançaram cerca de sete pontos percentuais de uma semana para a outra e diminuíram o atraso. A atualização desses números deve ser divulgada no início da próxima semana pela empresa.
Mercado interno
O mercado brasileiro de café seguiu com negócio isolados neste iinício de semana. Para o Escritório Carvalhaes, o “mantra” diário dos operadores internacionais com a safra recorde brasileira, que está em plena colheita, pressiona as cotações e contribuiu para que a semana passada fosse mais uma com poucos negócios fechados.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) (+4,44%) e Franca (SP) (estável), ambas com saca a R$ 470,00. A maior variação no dia ocorreu em Espírito Santo do Pinhal.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca cotada a R$ 455,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com
alta de 0,94% e saca a R$ 429,00.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Araguari (MG) com saca a R$ 445,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Lajinha (MG) com queda de 2,44% e saca a R$ 400,00.
Na sexta-feira (03), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 420,04 e queda de 0,44%.
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