Café: Em dia de ampla oscilação, Bolsa de Nova York encerra sessão desta 2ª com alta próxima de 100 pts
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta segunda-feira (09) com alta próxima de 100 pontos. O mercado externo chegou a oscilar dos dois lados da tabela durante o dia, mas ajustes e informações sobre a safra 2018/19 do Brasil voltaram a dar suporte aos preços.
O vencimento setembro/18 encerrou a sessão de hoje com alta de 95 pontos, cotado a 115,05 cents/lb e o dezembro/18 anotou 118,50 cents/lb com avanço de 95 pontos. Já o março/19 anotava 122,10 cents/lb com valorização de 100 pontos e o maio/19, mais distante, registrou 124,50 cents/lb com 100 pontos de perda.
O dia foi de ampla volatilidade ao mercado do arábica. Em parte do dia, realização de lucros ante a alta de quase 500 pontos da última sexta-feira (06) foi registrada. Mais tarde, o campo positivo voltou a prevalecer e o vencimento referência voltou a US$ 1,15 por libra-peso depois de chegar próximo de US$ 1,07 na semana passada.
Do lado fundamental, o mercado do café arábica também teve suporte das informações de colheita no Brasil e da expectativa de alta produção nesta temporada. Levantamentos de consultorias nacionais e internacionais ainda estimam uma produção no país de até 60 milhões de sacas de 60 kg, o que seria um recorde.
"Em geral, os cafeicultores informam que o volume colhido não está acima do esperado. Em algumas regiões os números se mostram pouco abaixo do previsto inicialmente. Tudo indica que teremos volume de safra ao redor do que foi estimado pela CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento", destacou em boletim o Escritório Carvalhaes.
Em menor intensidade, segundo destaque de agências internacionais, a avaliação da adoção de tarifas pelos Estados Unidos em importações também segue repercutindo nas commodities, já que os traders agora buscam estar bem posicionados para encarar os efeitos práticos desta disputa, que já é considerada uma das maiores da história pelo país e a China.
Mercado interno
Os negócios com café no mercado brasileiro dão continuidade ao cenário registrado nos últimos dias e seguem lentos neste início de semana. Nesta segunda-feira, por exemplo, algumas praças paulistas estiveram fechadas por conta do feriado da Revolução Constitucionalista de 1932 no estado.
"Nota-se volume maior de vendas nas áreas produtoras de conilon e na “zona da mata”, onde tradicionalmente os cafeicultores vendem sua produção mais cedo. Nas demais regiões os produtores estão com a atenção voltada para os trabalhos de colheita, que já entraram em velocidade “de cruzeiro”", diz o Escritório Carvalhaes.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 495,00 e alta de 1,85%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Lajinha (MG) com avanço de 3,26% e saca a R$ 475,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca cotada a R$ 490,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças foi registrada em Poços de Caldas (MG) com alta de 0,22% e saca a R$ 453,00.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 470,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Guaxupé (MG) com alta de 2,21% e saca a R$ 463,00.
Na sexta-feira (06), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 443,08 e alta de 0,29%.
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